sábado, 23 de dezembro de 2017

IGREJA MISSIONÁRIA JARDIM MORADA DO SOL

 CELEBRAÇÃO DA NOVA IGREJA


   Texto por Valdeci Fidelis
Pr. Elias Gomes

Teve inicio nesta última sexta-feira 22 de dezembro de 2017 as 20 horas, a celebração inaugural das instalações da nova Igreja Missionária no Jardim Morada do Sol em Presidente Prudente-Sp, contou com a presença dos pastores: Pr. Elias Gomes, Pr. Amarildo Olivarte, Pr. Paulo Kunh e Pr. Lucas e sua esposa Pastora Dieicra, transferido de Londrina/Maringá, para somar aos demais atuantes nas obras da Igreja Missionaria local. 
 Grande número de membros e convidados da sede e os membros que formam a membresia naquele bairro, com seus ministérios formados e em andamentos; Terra da Promessa, ConeXão, Projeto Piá e outros.
 Coral de Musica Clássica louvores evangélicos. Regência Nádia Serra

Tem a historia da igreja, assinalado como felizes os povos, que se encontram onde á frente da sua igreja tem como seus conselheiros espirituais, sacerdotes estritamente identificados devocionados com a sua doce e evangélica missão.

 E na verdade, bem aventurados são os povos que, pela palavra e pelo exemplo, pela benegação,  bondade, e pela bondade de seus pastores d'almas, seguem sempre pela estrada do Ide e do bem, tornando-se e transformando-os seus indivíduos bons cidadãos e bons chefes de família.

  Nada mais precioso a um um povo de que a missão sublime dos que na terra apostolizam a fé e a religião dos céus. As virtudes vivificadas, vivificam-se nos corações, os ânimos e os caráteres amoldam-se aos sentimentos piedosos, humanos, altruístas, e tudo isto é obra benéfica da influência poderosa de Deus a exemplo do conselho daqueles que sabem praticar o Evangelho vivo de Nosso Senhor Jesus Cristo, orientados pela fé mais viva e pela caridade mais pura.

 E a aspiração de todos nós nesta hora solene em que vem assumir esta Igreja, nesta data que hoje estamos á celebrar como inicio oficial neste lugar chamado Morada do Sol, continua a missão de orientador da nossa consciência, guia de nossa aspiração que é a obra santa e sublime do desejo do Mestre a quem esta igreja, esta terra neste bairro, deve assinalar o caminho e a fé aos mais valiosos serviços na obra como servos e peregrinos do Senhor.


 Tão certo estamos todos nós, em te-lo como o pastor e líder desta igreja, que assumirá como um exemplar sacerdote de Cristo, bondoso e dedicado de que esta igreja tanto precisa para continuar bem merecendo de Deus, a fé, a prática e estudo a humanidade que sinceramente, desde já ofertamos, a nossa estima, saudando-o com o mais profundo respeito pela as virtudes que serão recebidas na sua obra e generosidade nesta lugar. 

"Como um prisioneiro para o Senhor, então, exorto você a viver uma vida digna do chamado que você recebeu. Seja completamente humilde e gentil; seja paciente, se apaixonem mutuamente. Faça todos os esforços para manter a unidade do Espirito Santo através do vinculo da paz. Há um corpo e um Espirito, assim como você foi chamado a uma esperança quando você foi chamado; um Senhor, uma fé, um único batismo; um Deus e Pai de todos, que é sobre todos e através de todos e em todos". (Efésios 4:1-6  NVI) 

Que Deus abençoe grandemente este povo que virão como "Irmão em Cristo"


Galeria fotos com credito: Paulo Kuhn

sábado, 4 de novembro de 2017

OS PRIMEIROS PROTESTANTES DO BRASIL DE 1630






 RUTE SIQUEIRA


PRIMEIROS PROTESTANTES DO BRASIL FALAVAM TUPI, DIZ HISTORIADORA SEGUNDO A HISTORIADORA JAQUELINI DE SOUZA, OS ÍNDIOS POTIGUARAS FORMARAM UMA IGREJA PROTESTANTE EM 1630, NA REGIÃO DA ATUAL PARAÍBA. FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE FOLHA DE SÃO PAULO.


Embora o título de primeira igreja evangélica do Brasil tenha sido atribuído à uma congregação fundada no século 19 pelo escocês Robert Reid Kalley, no Rio de Janeiro, um estudo indica que os primeiros protestantes brasileiros falavam tupi. Conforme relatou a historiadora Jaquelini de Souza à Folha de São Paulo, os índios potiguaras formaram uma igreja protestante dois séculos antes de Kalley, por volta de 1630, na região da atual Paraíba, durante a ocupação holandesa. 

Em seu livro, “A Primeira Igreja Protestante do Brasil: Igreja Reformada Potiguara” (Ed. Mackenzie, 136 págs., 2013, R$ 20), Jaquelini explica que o primeiro contato entre índios e europeus aconteceu em francês, pois a língua teria sido anteriormente ensinada aos nativos brasileiros por piratas. No século 17, os europeus levaram aos Países Baixos dois membros da elite indígena local, Pedro Poty e Antônio Paraupaba, que receberam a educação holandesa e se converteram ao protestantismo. 

Quando retornaram ao Brasil, os índios exerceram cargos de liderança na Nova Holanda, colônia que ocupou grande parte do Nordeste brasileiro. Dentre as suas funções, estavam a tradução e auxílio na atração de índios para o lado holandês, em meio à guerra entre portugueses e batavos. Diante da vitória lusitana, os índios protestantes tiveram que se refugiar na Serra do Ibiapaba, no Ceará.

Enquanto isso, Antônio Paraupaba foi à Europa em busca de ajuda dos holandeses, mas não recebeu apoio. Segundo Jaquelini, o último registro de índios protestantes na região é de meados da década de 1690. Fidelidade à língua Durante a Reforma Protestante, um dos pontos defendidos por Martinho Lutero era que a fé cristã não deveria ser professada apenas em latim, mas também na língua dos fiéis. 

No Brasil Holandês, planejou-se a escrita dos ensinos religiosos em tupi, mas o projeto foi abandonado pelo Devido ao estereótipo do canibalismo que ainda recaía sobre os nativos brasileiros, o sínodo de Amsterdã acabou mudando de ideia. Segundo Jaquelini, a parte do texto que fala sobre “comer a carne de Jesus” poderia ser interpretada erroneamente.




























sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Evangelismo no dia de Finados

A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas em pé e atividades ao ar livreValdeci Fidelis Igreja Missionária realiza projeto que foca na promessa de Cristo. Evangelismo no Cemitério:

Vida ao invés de morte, alegria ao invés de luto e cinzas

Após a morte segue-se o juízo, declara a Bíblia. Porém, todos os anos milhões de pessoas vão aos cemitérios no Dia de Finados para orar pelas almas dos mortos. A dor da saudade e o desconhecimento das Escrituras levam pessoas a conversar com os mortos, acender velas, se entristecer. E isto gera opressão e legalidades no mundo espiritual. Por isso, a Igreja Missionária de Presidente Prudente, com seu projeto se preparou este ano para levar uma mensagem aos tristes no dia dois de novembro: “Hoje, vai haver salvação neste lugar!”. 
Equipes de evangelistas percorrem as ruas dos cemitérios consolando e alertando parentes enlutados sobre o amor de Cristo. Também equipes de intercessão que oram para que tudo corra bem ao longo do dia. A Missionária é uma das igrejas engajada neste projeto e na implantação de evangelismo no dia de finados, que já vem realizado há vários anos. Nestes confrontos com os visitantes foram ofertados cafezinhos, 400 copos com 1 versículo em cada copo de água, (mineral selados); biscoitos e o incentivo a leitura da Bíblia com o oferecimento 300 livros do Pastor J. Jacó Vieira "Anseio"
Durante esse trabalho também há muita confrontação com as potestades malignas, porque durante as madrugadas, muitas pessoas vão aos cemitérios na noite anterior ao dia de Finados para fazer trabalhos de bruxaria e pactos com espíritos malignos para destruir vidas, a igreja também entra em ação para impedir que as trevas se propaguem, através do evangelismo da madrugada. O trabalho exige muita oração e jejum, porque durante o dia muitas vidas que não estão orientadas, estão oprimidas e até possessas são libertadas durante este evangelismo.


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Que lindo Missionária!

Glória Deus

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

AS 95 TESES DE MARTINHO LUTERO


Em 31 de Outubro de 1517, Martinho Lutero afixou na porta da capela de Wittemberg 95 teses que gostaria de discutir com os teólogos católicos, as quais versavam principalmente sobre penitência, indulgências e a salvação pela fé. O evento marca o início da Reforma Protestante, de onde posteriormente veio a Igreja Presbiteriana, e representa um marco e um ponto de partida para a recuperação das sãs doutrinas. 


Movido pelo amor e pelo empenho em prol do esclarecimento da verdade discutir-se-á em Wittemberg, sob a presidência do Rev. padre Martinho Lutero, o que segue. Aqueles que não puderem estar presentes para tratarem o assunto verbalmente conosco, o poderão fazer por escrito.
Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.







1ª Tese
Dizendo nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo: Arrependei-vos...., certamente quer que toda a vida dos seus crentes na terra seja contínuo arrependimento.

2ª Tese
E esta expressão não pode e não deve ser interpretada como referindo-se ao sacramento da penitência, isto é, à confissão e satisfação, a cargo do ofício dos sacerdotes.

3ª Tese
Todavia não quer que apenas se entenda o arrependimento interno; o arrependimento interno nem mesmo é arrependimento quando não produz toda sorte de modificações da carne.

4ª Tese
Assim sendo, o arrependimento e o pesar, isto é, a verdadeira penitência, perdura enquanto o homem se desagradar de si mesmo, a saber, até a entrada desta para a vida eterna.

5ª Tese
O papa não quer e não pode dispensar outras penas, além das que impôs ao seu alvitre ou em acordo com os cânones, que são estatutos papais.

6ª Tese
O papa não pode perdoar divida senão declarar e confirmar aquilo que Já foi perdoado por Deus; ou então faz nos casos que lhe foram reservados. Nestes casos, se desprezados, a dívida deixaria de ser em absoluto anulada ou perdoada.

7ª Tese
Deus a ninguém perdoa a dívida sem que ao mesmo tempo o subordine, em sincera humildade, ao sacerdote, seu vigário.

8ª Tese
Canones poenitendiales, que não as ordenanças de prescrição da maneira em que se deve confessar e expiar, apenas aio Impostas aos vivos, e, de acordo com as mesmas ordenanças, não dizem respeito aos moribundos.

9ª Tese
Eis porque o Espírito Santo nos faz bem mediante o papa, excluído este de todos os seus decretos ou direitos o artigo da morte e da necessidade suprema.

10ª Tese
Procedem desajuizadamente e mal os sacerdotes que reservam e impõem aos moribundos poenitentias canonicas ou penitências para o purgatório a fim de ali serem cumpridas.

11ª Tese
Este joio, que é o de se transformar a penitência e satisfação, Previstas pelos cânones ou estatutos, em penitência ou penas do purgatório, foi semeado quando os bispos se achavam dormindo.

12ª Tese
Outrora canonicae poenae, ou sejam penitência e satisfação por pecadores cometidos eram impostos, não depois, mas antes da absolvição, com a finalidade de provar a sinceridade do arrependimento e do pesar.

13ª Tese
Os moribundos tudo satisfazem com a sua morte e estão mortos para o direito canônico, sendo, portanto, dispensados, com justiça, de sua imposição.

14ª Tese
Piedade ou amor Imperfeitos da parte daquele que se acha às portas da morte necessariamente resultam em grande temor; logo, quanto menor o amor, tanto maior o temor.

15ª Tese
Este temor e espanto em si tão só, sem falar de outras cousas, bastam para causar o tormento e o horror do purgatório, pois que se avizinham da angústia do desespero.

16ª Tese
Inferno, purgatório e céu parecem ser tão diferentes quanto o são um do outro o desespero completo, incompleto ou quase desespero e certeza.

17ª Tese
Parece que assim como no purgatório diminuem a angústia e o espanto das almas, nelas também deve crescer e aumentar o amor.

18ª Tese
Bem assim parece não ter sido provado, nem por boas ações e nem pela Escritura, que as almas no purgatório se encontram fora da possibilidade do mérito ou do crescimento no amor.

19ª Tese
Ainda parece não ter sido provado que todas as almas do purgatório tenham certeza de sua salvação e não receiem por ela, não obstante nós termos absoluta certeza disto.

20ª Tese
Por isso o papa não quer dizer e nem compreende com as palavras “perdão plenário de todas as penas” que todo o tormento é perdoado, mas as penas por ele impostas.

21ª Tese
Eis porque erram os apregoadores de indulgências ao afirmarem ser o homem perdoado de todas as penas e salvo mediante a indulgência do papa.
22ª Tese
Pensa com efeito, o papa nenhuma pena dispensa às almas no purgatório das que segundo os cânones da Igreja deviam ter expiado e pago na presente vida.

23ª Tese
Verdade é que se houver qualquer perdão plenário das penas, este apenas será dado aos mais perfeitos, que são muito poucos.

24ª Tese
Assim sendo, a maioria do povo é ludibriada com as pomposas promessas do indistinto perdão, impressionando-se o homem singelo com as penas pagas.

25ª Tese
Exatamente o mesmo poder geral, que o papa tem sobre o purgatório, qualquer bispo e cura d'almas o tem no seu bispado e na sua paróquia, quer de modo especial e quer para com os seus em particular.

26ª Tese
O papa faz muito bem em não conceder às almas o perdão em virtude do poder das chaves (ao qual não possui), mas pela ajuda ou em forma de intercessão.

27ª Tese
Pregam futilidades humanas quantos alegam que no momento em que a moeda soa ao cair na caixa a alma se vai do purgatório.

28ª Tese
Certo é que no momento em que a moeda soa na caixa vêm o lucro e o amor ao dinheiro cresce e aumenta; a ajuda, porém, ou a intercessão da Igreja tão só correspondem à vontade e ao agrado de Deus.

29ª Tese
E quem sabe, se todas as almas do purgatório querem ser libertadas, quando há quem diga o que sucedeu com Santo Severino e Pascoal.

30ª Tese
Ninguém tem certeza da suficiência do seu arrependimento e pesar verdadeiros; muito menos certeza pode ter de haver alcançado pleno perdão dos seus pecados.
31ª Tese
Tão raro como existe alguém que possui arrependimento e, pesar verdadeiros, tão raro também é aquele que verdadeiramente alcança indulgência, sendo bem poucos os que se encontram.

32ª Tese
Irão para o diabo juntamente com os seus mestres aqueles que julgam obter certeza de sua salvação mediante breves de indulgência.

33ª Tese
Há que acautelasse muito e ter cuidado daqueles que dizem: A indulgência do papa é a mais sublime e mais preciosa graça ou dadiva de Deus, pela qual o homem é reconciliado com Deus.

34ª Tese
Tanto assim que a graça da indulgência apenas se refere à pena satisfatória estipulada por homens.

35ª Tese
Ensinam de maneira ímpia quantos alegam que aqueles que querem livrar almas do purgatório ou adquirir breves de confissão não necessitam de arrependimento e pesar.

36ª Tese
Todo e qualquer cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados, sente pesar por ter pecado, tem pleno perdão da pena e da dívida, perdão esse que lhe pertence mesmo sem breve de indulgência.

37ª Tese
Todo e qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, é participante de todos os bens de Cristo e da Igreja, dádiva de Deus, mesmo sem breve de indulgência.
38ª Tese
Entretanto se não deve desprezar o perdão e a distribuição por parte do papa. Pois, conforme declarei, o seu perdão constitui uma declaração do perdão divino.
39ª Tese
É extremamente difícil, mesmo para os mais doutos teólogos, exaltar diante do povo ao mesmo tempo a grande riqueza da indulgência e ao contrário o verdadeiro arrependimento e pesar.

40ª Tese
O verdadeiro arrependimento e pesar buscam e amam o castigo: mas a profusão da indulgência livra das penas e faz com que se as aborreça, pelo menos quando há oportunidade para isso.

41ª Tese
É necessário pregar cautelosamente sobre a indulgência papal para que o homem singelo não julgue erroneamente ser a indulgência preferível às demais obras de caridade ou melhor do que elas.

42ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, não ser pensamento e opinião do papa que a aquisição de indulgência de alguma maneira possa ser comparada com qualquer obra de caridade.

43ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos proceder melhor quem dá aos pobres ou empresta aos necessitados do que os que compram indulgências.

44ª Tese
Ê que pela obra de caridade cresce o amor ao próximo e o homem torna-se mais piedoso; pelas indulgências, porém, não se torna melhor senão mais seguro e livre da pena.

45ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que aquele que vê seu próximo padecer necessidade e a despeito disto gasta dinheiro com indulgências, não adquire indulgências do papa. mas provoca a ira de Deus.

46ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem fartura , fiquem com o necessário para a casa e de maneira nenhuma o esbanjem com indulgências.
47ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, ser a compra de indulgências livre e não ordenada
48ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa precisa conceder mais indulgências, mais necessita de uma oração fervorosa do que de dinheiro.
49ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, serem muito boas as indulgências do papa enquanto o homem não confiar nelas; mas muito prejudiciais quando, em conseqüência delas, se perde o temor de Deus.

50ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se papa tivesse conhecimento da traficância dos apregoadores de indulgências, preferiria ver a catedral de São Pedro ser reduzida a cinzas a ser edificada com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.

51ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que o papa, por dever seu, preferiria distribuir o seu dinheiro aos que em geral são despojados do dinheiro pelos apregoadores de indulgências, vendendo, se necessário fosse, a própria catedral de São Pedro.

52º Tese
Comete-se injustiça contra a Palavra de Deus quando, no mesmo sermão, se consagra tanto ou mais tempo à indulgência do que à pregação da Palavra do Senhor.

53ª Tese
São inimigos de Cristo e do papa quantos por causa da prédica de indulgências proíbem a Palavra de Deus nas demais igrejas.

54ª Tese
Esperar ser salvo mediante breves de indulgência é vaidade e mentira, mesmo se o comissário de indulgências, mesmo se o próprio papa oferecesse sua alma como garantia.

55ª Tese
A intenção do papa não pode ser outra do que celebrar a indulgência, que é a causa menor, com um sino, uma pompa e uma cerimônia, enquanto o Evangelho, que é o essencial, importa ser anunciado mediante cem sinos, centenas de pompas e solenidades.

56ª Tese
Os tesouros da Igreja, dos quais o papa tira e distribui as indulgências, não são bastante mencionados e nem suficientemente conhecido na Igreja de Cristo.
57ª Tese
Que não são bens temporais, é evidente, porquanto muitos pregadores a estes não distribuem com facilidade, antes os ajuntam.

58ª Tese
Tão pouco são os merecimentos de Cristo e dos santos, porquanto estes sempre são eficientes e, independentemente do papa, operam salvação do homem interior e a cruz, a morte e o inferno para o homem exterior.

59ª Tese
São Lourenço aos pobres chamava tesouros da Igreja, mas no sentido em que a palavra era usada na sua época.

60ª Tese
Afirmamos com boa razão, sem temeridade ou leviandade, que estes tesouros são as chaves da Igreja, a ela dado pelo merecimento de Cristo.

61ª Tese
Evidente é que para o perdão de penas e para a absolvição em determinados casos o poder do papa por si só basta.

62ª Tese
O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.

63ª Tese
Este tesouro, porém, é muito desprezado e odiado, porquanto faz com que os primeiros sejam os últimos.

64ª Tese
Enquanto isso o tesouro das indulgências é sabiamente o mais apreciado, porquanto faz com que os últimos sejam os primeiros.

65ª Tese
Por essa razão os tesouros evangélicos outrora foram as redes com que se apanhavam os ricos e abastados.

66ª Tese
Os tesouros das indulgências, porém, são as redes com que hoje se apanham as riquezas dos homens.

67ª Tese
As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como a mais sublime graça decerto assim são consideradas porque lhes trazem grandes proventos.
68ª Tese
Nem por isso semelhante indigência não deixa de ser a mais Intima graça comparada com a graça de Deus e a piedade da cruz.

69ª Tese
Os bispos e os sacerdotes são obrigados a receber os comissários das indulgências apostólicas com toda a reverência-

70ª Tese
Entretanto têm muito maior dever de conservar abertos olhos e ouvidos, para que estes comissários, em vez de cumprirem as ordens recebidas do papa, não preguem os seus próprios sonhos.

71ª Tese
Aquele, porém, que se insurgir contra as palavras insolentes e arrogantes dos apregoadores de indulgências, seja abençoado.
72ª Tese
Quem levanta a sua voz contra a verdade das indulgências papais é excomungado e maldito.

73ª Tese
Da mesma maneira em que o papa usa de justiça ao fulminar com a excomunhão aos que em prejuízo do comércio de indulgências procedem astuciosamente.

74ª Tese
Muito mais deseja atingir com o desfavor e a excomunhão àqueles que, sob o pretexto de indulgência, prejudiquem a santa caridade e a verdade pela sua maneira de agir.

75ª Tese
Considerar as indulgências do papa tão poderosas, a ponto de poderem absolver alguém dos pecados, mesmo que (cousa impossível) tivesse desonrado a mãe de Deus, significa ser demente.

78 ª Tese
Bem ao contrario, afirmamos que a indulgência do papa nem mesmo o menor pecado venial pode anular o que diz respeito à culpa que constitui.
77ª Tese
Dizer que mesmo São Pedro, se agora fosse papa, não poderia dispensar maior indulgência, significa blasfemar S. Pedro e o papa.

78ª Tese
Em contrario dizemos que o atual papa, e todos os que o sucederam, é detentor de muito maior indulgência, isto é, o Evangelho, as virtudes o dom de curar, etc., de acordo com o que diz 1Coríntios 12.

79ª Tese
Afirmar ter a cruz de indulgências adornada com as armas do papa e colocada na igreja tanto valor como a própria cruz de Cristo, é blasfêmia.

80ª Tese
Os bispos, padres e teólogos que consentem em semelhante linguagem diante do povo, terão de prestar contas deste procedimento.

81ª Tese
Semelhante pregação, a enaltecer atrevida e insolentemente a Indulgência, faz com que mesmo a homens doutos é difícil proteger a devida reverência ao papa contra a maledicência e as fortes objeções dos leigos.

82 ª Tese 
Eis um exemplo: Por que o papa não tira duma só vez todas as almas do purgatório, movido por santíssima' caridade e em face da mais premente necessidade das almas, que seria justíssimo motivo para tanto, quando em troca de vil dinheiro para a construção da catedral de S. Pedro, livra um sem número de almas, logo por motivo bastante Insignificante?

83ª Tese
Outrossim: Por que continuam as exéquias e missas de ano em sufrágio das almas dos defuntos e não se devolve o dinheiro recebido para o mesmo fim ou não se permite os doadores busquem de novo os benefícios ou pretendas oferecidos em favor dos mortos, visto' ser Injusto continuar a rezar pelos já resgatados?

84ª Tese
Ainda: Que nova piedade de Deus e dó papa é esta, que permite a um ímpio e inimigo resgatar uma alma piedosa e agradável a Deus por amor ao dinheiro e não resgatar esta mesma alma piedosa e querida de sua grande necessidade por livre amor e sem paga?

85ª Tese
Ainda: Por que os cânones de penitencia, que, de fato, faz muito caducaram e morreram pelo desuso, tornam a ser resgatados mediante dinheiro em forma de indulgência como se continuassem bem vivos e em vigor?

86ª Tese
Ainda: Por que o papa, cuja fortuna hoje é mais principesca do que a de qualquer Credo, não prefere edificar a catedral de S. Pedro de seu próprio bolso em vez de o fazer com o dinheiro de fiéis pobres?

87ª Tese
Ainda: Quê ou que parte concede o papa do dinheiro proveniente de indulgências aos que pela penitência completa assiste o direito à indulgência plenária?

88ª Tese
Afinal: Que maior bem poderia receber a Igreja, se o papa, como Já O faz, cem vezes ao dia, concedesse a cada fiel semelhante dispensa e participação da indulgência a título gratuito.

89ª Tese
Visto o papa visar mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que revoga os breves de indulgência outrora por ele concedidos, aos quais atribuía as mesmas virtudes?

90ª Tese
Refutar estes argumentos sagazes dos leigos pelo uso da força e não mediante argumentos da lógica, significa entregar a Igreja e o papa a zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos.

91ª Tese
Se a Indulgência fosse apregoada segundo o espírito e sentido do papa, aqueles receios seriam facilmente desfeitos, nem mesmo teriam surgido.

92ª Tese
Fora, pois, com todos estes profetas que dizem ao povo de Cristo: Paz! Paz! e não há Paz.

93ª Tese
Abençoados sejam, porém, todos os profetas que dizem à grei de Cristo: Cruz! Cruz! e não há cruz.

94ª Tese
Admoestem-se os cristãos a que se empenhem em seguir sua Cabeça Cristo através do padecimento, morte e inferno.

95ª Tese
E assim esperem mais entrar no Reino dos céus através de muitas tribulações do que facilitados diante de consolações infundadas.