quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Um novo começo a filiação

 Um novo começo? (Eboço de pregação)


Em Gênesis 12, Abrão, o filho de um idólatra, é adotado por Deus a fim de tornar-se o pai de uma nova nação. Ele recebe um novo nome: Abraão. Ele recebe a promessa de um filho e, mais do que isso, de uma herança para aquele filho.
De novo e de novo, essa promessa é posta em xeque: pela esterilidade, pela traição, pela fome, pela própria morte. Quando Deus chama Abraão a sacrificar o seu filho como oferta queimada (Gênesis 22.2), parece que a promessa e a história do filho estão acabadas, porque o filho ainda é o filho de Adão que merece morrer.
Mas Deus não acabou. Ele resgata o filho de Abraão, o filho de Isaque e os filhos de Jacó, até que o filho se torna a nação de Israel inteira.
Em Êxodo 4, Deus diz a Moisés que diga a Faraó: “Deixe o meu filho ir para prestar-me culto” (v. 23, NVI). Deus então resgata o seu filho corporativo, Israel, do rei-serpente e conduz o seu filho à sua herança, a terra prometida, um segundo Jardim do Éden.
Deus também suscita um rei, um homem segundo o seu coração, chamado Davi, e lhe promete que um filho dele governará sobre um reino que não terá fim. O filho de Davi será o filho de Deus, que representará tanto Deus como o seu povo. Ele reinará em justiça e fará a obra que o Pai lhe confiar, resgatando o seu povo das mãos de seus inimigos.
Mas nem o filho corporativo nem os filhos de Davi são fiéis. Eles continuam em sua rebelião. Ao final do Antigo Testamento, o trono de Davi está vazio.

O Filho vem e nos torna filhos

Então veio o verdadeiro Filho de Deus. Jesus é o Filho Divino encarnado, o verdadeiro Rei, o Messias que veio para fazer a obra que o Pai lhe confiara (João 4.34, 5.19, 6.38). Ele afirmou representar Deus: se você o visse, teria visto o Pai (João 1.49). Jesus é a verdadeira imago Dei, o segundo Adão, o verdadeiro Israel. Enfim, tal Pai, tal Filho.
Surpreendentemente, o filho corporativo o rejeitou. Contudo, Deus ressuscitou o Filho dentre os mortos e o fez assentar no próprio trono dos céus, de modo que todos os filhos da desobediência que se voltarem de seus pecados e forem unidos ao verdadeiro Filho pela fé receberão o poder de se tornarem filhos de Deus, adotados na família de Deus.
Uma vez adotados, eles são conformados à imagem do Filho a quem Deus ama. Esse processo não terminará até o dia em que o virmos, quando enfim seremos como ele é. “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus” (1 João 3.1). E, quando enfim formos como ele é, reinarmos com ele como filhos e filhas de Deus (2 Timóteo 2.2; Apocalipse 20.4, 6).

Discipulando e aconselhando a partir do enredo da filiação

Como esse enredo de filiação impacta o modo como nós usamos essa identidade bíblica em nosso discipulado e aconselhamento? Quero enfatizar quatro coisas.

1. O Pai ama os filhos porque o Pai ama o Filho
Primeiro, o Pai ama os filhos porque o Pai ama o Filho. O amor de Deus por nós como filhos não começa conosco. Começa com o seu amor pelo Filho Jesus Cristo. Por quê? Porque o Filho sempre foi e sempre será obediente ao Pai (João 10.17). E é esse amor que transborda em amor por nós, os filhos que estão unidos a Cristo pela fé.

Fonte: Estante Teológica Google Play Livros

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