quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

DEUTERONÔMIO 32.10-11

 ÚLTIMO CÂNTICO DE MOISÉS: É a bênção de Moisés aos filhos de Israel antes de sua morte.

    


    "Proclamai o nome do Senhor.  Louvem a grandeza do nosso Deus. Ele é a rocha, as suas obras são perfeitas, e todos os seus caminhos são justos e reto ele é Seus filhos tem agidos corruptamente para com ele, e não como filhos; que vergonha! São gerações pervertida e transviada. (Dt 32.3-5). Neste trecho vou elencar sobre a grandeza de Deus como é o todo poderoso que se celebra aqui; observamos que cinco vezes neste canto de Moisés, ele se exalta ao Senhor seu Deus como uma Rocha, como em Jerusalém diz: engordou e deu pontapés; pesado e farto de alimentos; abandonou Deus que fez e rejeitou a Rocha, que é o Salvador, outra vez fala da rocha quando diz: Vocês abandonaram a Rocha, que os gerou; vocês esqueceram do Deus que os fez nascer. No verso 30 ele Moisés exalta dizendo: Como poderia um só homem perseguir mil, ou dois porém em fuga dez mil, a não ser que a sua Rocha os tivesse vendido, a não ser que o Senhor os tivesse abandonado? No verso 15 ele diz de Jerusalém, que significa justo; e prediz que Israel cairá a um estado, que significa seria o oposto para o qual ele foi destinado, versos.15-19 registram a resposta maligna de Israel à essa bondade dos Reis. Eles menosprezaram nesciamente a "Rocha" Essa "Rocha" se referia ao Cristo nosso Salvador conf (I Corintias 10.4)".

Texto

“Achou-o na terra do deserto, e num ermo solitário cheio de uivos; trouxe-o ao redor, instruiu-o, guardou-o como a menina do seu olho. Como a águia desperta o seu ninho, se move sobre os seus filhos, estende as suas asas, toma-os, e os leva sobre as suas asas (32:10-11)”.

 INTRODUÇÃO

 Hoje o homem tem se encontrado solitário, oprimido, perseguido, pois ele tem andado pelo deserto onde nada encontra para sustentá-lo. Neste habitar o homem tem sido levado à sua destruição, pois o inimigo não tem medido esforços e como o uivo de um lobo ele tem intimidado o homem a cada dia. E numa tentativa desesperada de sair dessa situação as pessoas têm buscado soluções em muitas coisas desta vida como terapias, antidepressivos e até mesmo em crenças (ocultismo, devoção a outros deuses) que nada podem fazer para o homem. E quanto mais ele se envolve com este tipo de situação mais ele se angustia e não consegue encontrar a verdadeira solução.

 DESENVOLVIMENTO

 Mas como Moisés nos descreve neste texto, só há uma solução para tirar o homem desta situação. Somente o Senhor Jesus pode despertar o homem, pois aquele que tem um encontro com o Senhor é comparado a um filhote de águia, pois ela jamais descuida de seus filhotes está sempre ao redor do ninho, pronta para defender seus filhotes de predadores, ela dá a sua própria vida para salvá-los, assim é o Senhor Jesus para convosco que deu a sua própria vida para nos libertar, ele está sempre ao nosso redor, atento para guardar os seus filhos do predador deste mundo que quer roubar, matar e destruir a vida do homem. 

CONCLUSÃO

 10. Devemos tomar isto como um indício de que Israel estava sempre no Olho do Senhor, à objeto de Seu constante e terno cuidado. No 11 se refere: Como a águia desperta a sua ninhada, revoa sobre os filhotes, estende as suas asas, toma-os e leva sobre as suas asas,as bençãos como diz Deus fez chupar mel da Rocha, e azeite da dura pederneira isso e (bençãos). 

Tudo isso devemos celebrar a bondade e a abundância daquele período do Pentateuco, de comer o fruto do campo, depois de subir as alturas;  a manteiga de vaca e leite de ovelhas, a gordura dos  cordeiros e dos carneiros de Basã; e dos bodes, o trigo escolhido e o sangue das uvas bebeu isso é vinho puro não se refere ao vinho fermentado, como afirmam alguns historiadores do Pentateuco o luxo era o vinho puro sem alteração ou adulterado da uva, eram recém espremido e tomado com espuma em cima, tudo no período de Pentateuco.

Como fazer para estar neste habitar seguro, longe das ameaças deste mundo sem temer o uivo do lobo e poder desfrutar da vida eterna? É preciso que o homem permita ser resgatado pelo Senhor abrindo o seu coração, reconhecendo-o como o único Senhor de sua vida, e se colocando como dependente do seu amor, sendo um servo fiel, para que ele possa desfrutar da paz, alegria, segurança e principalmente da certeza de uma vida eterna na presença do Senhor.

domingo, 9 de janeiro de 2022

LIVRO DEUTERONÔMIO CAPÍTULO 22

 LIVRO DEUTERONÔMIO CAPÍTULO 22 ESCRITO POR VOLTA DE 1451 a.C

 

Hoje com este texto bíblico tenho a certeza de concordar com muitos teólogos que as vezes são desconsiderados nos meios evangélicos cristãos, começando pelo capitulo 22 no verso 5 que descreve o autor de deuteronômio Moisés, um servo que representava a esperança de um MESSIAS na promessa de Deus, acerca das vestes do homem e da mulher:

Diz: 5 – A mulher não usará roupas de homem, e o homem não usará roupas de mulher, pois o Senhor, o seu Deus, tem aversão por todo aquele que assim procede.

 

V 5-Explicação:

 “A diferença divina instituída entre os sexos seria observada como algo sagrado e, para fazer isto. O vestido citado como também as outras coisas que tinha a ver com a pessoa mesmo não deveria o outro fazer quer dizer usar. Algo que tinha que ver com tendencia de radicar a diferença dos sexos tem tendencia de licenciosidade”; portanto para diferenciá-los, os homens e as mulheres que nessa (naquela época) se vestiam de mantos; obviamente o manto do homem era diferente do manto da mulher. Às vezes, hoje, na atualidade que vivemos, as mulheres se vestem de modelos semelhantes às roupas dos homens. Entretanto, como é óbvio, os que se vê num homem.

 

Por isso, significa que sejam semelhantes aos dos homens. Existem hoje as observações na atualidade a quem queira se atualizar observando as abotoaduras, cortes e costuras, mas o social será observar no fechamento das partes abertas como: camisas de homem e todas roupas do homem as aberturas de casa de botões estão à esquerda, como na calça e seguem para as mulheres a direita, esse é a ética de aos homens andar com sua companheira do lado esquerdo, lado do coração, ficando livre a mão direita para os cumprimentos aos amigos. 

V 8 - quando algum de vocês construir uma casa nova, faça um parapeito em torno do terraço, para que não traga sobre a sua casa a culpa de derramamento de sangue inocente, caso alguém caia do terraço.

Explicação:

v-8 Diz: “Antigamente as casas tinha senáculos e eram planas o teto nesta parte do mundo do antigo Testamento, além disso, durante o verão quente e muito calor era muito longo o período, os membros da família, ou outros, deitavam-se sobre o teto plano para se refrescar e desfrutar de uma brisa noturna; uma mureta (ou muro de arrimo) deveria ser erguida ao redor do teto que era plano para servir de amparo.

V 9 – diz: não plante dois tipos de semente em sua vinha, se o fizerem, tanto a semente que plantarem como o fruto da vinha estarão contaminados.

 

Explicação: Conforme a palavra de Deus diz que sendo um povo escolhido dentre todos os povos que estão sobre a face da terra para que lhe sejas o seu próprio povo, aqui o senhor diz que Israel tinha que receber a Palavra do Senhor e dá-la ao mundo; além disso, seria a matriz do Messias, dali pois todas as restrições e todas as restrições foram feitas com propósito de Israel Deut. 14:2

V 10 – não arem a terra usando um boi e um jumento sob o mesmo jugo:

Explicação; V 10 – Este verso afirma que não ponham um jugo desigual com os incrédulos; pois que a sociedade tem a justiça com a injustiça? Ou que comunhão tem a luz com as trevas?

V 11- Não use roupas de lã e de linho misturando no mesmo tecido:

Explicação: v 11

Com respeito a isto. Willians disse: “O ensino misto, como as sementes mistas, produz esterilidade. Na criação das coisas e do mundo em (Gn 1), não havia mistura; e, dali fecundidade. Toda semente era “segundo a sua espécie; e declarado bom” Por Deus.

 A semente que falamos é a semente que os Ministros e os operários Cristãos semeiam tem que ser a Palavra de Deus sem mistura, A sua Palavra não se mistura com a filosofia do homem. Cristo, o Verdadeiro Ministro, disse: Dei-lhes a Tua Palavra” ‘Não falei dor Minha própria conta. “boi era limpo, o jumento Imundo: Juntos formavam um jugo desigual. Quer dizer quando os cristãos se unem com o não convertido na obra cristã, ou nos negócios, é um jugo desigual, e nunca desfruta da aprovação Divina”.

 

V 21 – Ela será levada a porta da casa do seu pai e ali os homens da sua cidade a apedrejarão até a morte. Ela cometeu um ato vergonhoso em Israel, prostituindo-se enquanto estava na casa de seu pai. Eliminem o mal do meio de vocês:

Explanação 21:

A não de Israel tinha que se manter pura ou purificada, ao menos assim que fosse possível, por que? Como se disse, tinha que servir como matriz para o messias. Como tal, a imoralidade tem que ser despojada e, se não, as penalidades severas, como as citadas sobre até mortes, tinha que ser impostas

V 24 – Levem os dois a porta daquela cidade e apedrejem-nos até a morte: a moça porque estava na cidade e não pediu socorro, e o homem porque desonrou a mulher doutro homem. Eliminem o mal do meio de vocês:

Explicação:

V 24- No evangelho de João 8;3- Diz: “Os mestres da lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Fizeram-na ficar em pé diante de todos” e disseram a Jesus “Mestre, esta mulher foi surpreendida em ato de adultério. Na lei de Moisés nos ordena apedrejar tais mulheres. E o Senhor, que diz? Todos sabemos o que disse o Mestre Aquele que não tiver pecado lhe atire a primeira pedra?

 

Quando Jesus pôs-se de pé e perguntou-lhe: “Mulher onde estão eles? Ninguém a condenou?”

Este era o caso da donzela que foi levada a Jesus pelos os fariseus, descrito em texto bíblico, agora observamos a diferença que conta em todo capitulo 22 trouxeram a mulher, mas não trouxeram o homem. Estavam tão preparados para apedreja-la, fato que utilizaram para pegar Jesus Cristo numa armadilha, assim eles planejaram. É obvio, que a sua estratégia não funcionou; entretanto, a Lei tinha que ser guardada por Cristo. Então, como poderia dizer a ela, ao dar se conta sem dúvida alguma que ela era culpada de adultério, disse Jesus: “Nem Eu te condeno; vai-te, e não peques mais (João 8;11) Aqui já entra a missão de Cristão observar e ouvir e não testemunhar com o falso testemunho.

 

 Deuteronômio Chave: Obediência. Deuteronômio: Repetição da Lei.

 

                                                Resumo:

 

O quinto livro na lista do Antigo Testamento escrito por Moisés, nome do livro de Deuteronômio, ou "segunda lei", sugere sua natureza e propósito. Figura, segundo consta em nossas Bíblias, como o último dos cinco livros de Moisés, fazendo um resumo e pondo em relevo a mensagem que os quatro livros precedentes contêm. Não significa isto que se trata de mera repetição do que ficou dito anteriormente (Repetição da Lei). Sem dúvida, Deuteronômio faz parte dos acontecimentos históricos que se deram previamente, em particular no Êxodo e em Números. Contudo vai além destes relatos visto que os interpreta e os adapta.

 

Através deste livro, os acontecimentos estão repletos de significado. Moisés como foi educado no palácio de Faraó, tinha conhecimentos Enciclopédicos e muita sabedoria, uma imitação do Cristo vindouro anunciado por Isaias; proporciona-nos bastante história; mas em quase todos os casos relaciona os acontecimentos com a lição espiritual que sublinham. Toma a legislação que Deus dera a Israel havia quase 40 anos, e adapta-se às condições de vida da coletividade na terra para a qual Israel se mudaria em breve.

 

Quando este livro foi escrito, a nação de Israel se encontrava na terra de Moabe, ao leste do rio Jordão e do mar Morto. Numa oportunidade anterior, Israel havia falhado, por falta de fé, ao não entrar na Palestina. Agora, 38 anos depois, Moisés reúne o povo escolhido e procura infundir-lhe fé que capacitará a avançar em obediência. Diante deles está a herança. Os perigos, visíveis e invisíveis, jazem além.

 

Acompanha-os se Deus, a quem chegaram a conhecer melhor durante suas experiências na península do Sinai, península deserta e escarpada. Moisés compreende, corretamente, que os maiores perigos que os assediam estão na esfera da vida espiritual; sendo assim, sua mensagem acentua o aspecto espiritual.

 

O Senhor Deus deles, é o único Senhor; foi ele quem os libertou da escravidão. Deu-lhes a lei. Selou uma aliança com eles. São o seu povo. O Senhor exige devoção e adoração exclusivas. Seus caminhos são conhecidos do povo. Mediante longa experiência, Israel aprendeu que o Senhor honra a obediência e castiga a transgressão. Agora, em um novo sentido, Israel age por sua própria conta, sob a direção do Senhor e em sua própria casa.

 

 

O livro abrange toda uma gama de perguntas que surgem desta nova fase da vida de Israel. Sua atitude para com o Senhor é, naturalmente, o principal problema. Moisés, com toda a diligência de que é capaz, convida Israel a confiar de todo o coração no Senhor, e a fazer das leis divinas a força diretriz de suas vidas. Esta lei, se obedecida, infundirá vida e fará que os israelitas sejam povo destacado entre todas as nações.

 

Receberão bênçãos, e as nações reconhecerão que seu Deus é Senhor. Porém, se Israel imitar a conduta das nações vizinhas, esquecendo-se de seu Deus, então sobrevirá a aflição, e finalmente será espalhada entre os povos.

Através do livro todo se acentua a fé somada à obediência. Em um sentido verdadeiro, esta é a chave do livro.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

A EXPOSIÇÃO BÍBLICA NO MINISTÉRIO DE PREGADORES FIEIS

 

 A EXPOSIÇÃO BÍBLICA NO MINISTÉRIO DE MOISÉS

Concordo com STOTT (2003), quando diz:

“Primeiramente, Deus falou por meio de profetas e interpretou o significado das suas ações na história de Israel, e, ao mesmo tempo, mandou transmitir sua mensagem ao povo, quer pela palavra falada, quer pela escrita, quer por ambas juntas” (STOTT, 2003, p. 15)

Prova disto é que o livro de Deuteronômio pode ser visto como um compêndio de sermões de Moisés ao povo hebreu. Moisés passou boa parte de sua vida no palácio real após ter sido resgatado de um cesto pela filha de Faraó (Ex 2.5). Trata-se de um homem bem instruído, pois a infância na realeza lhe rendeu uma educação diferenciada, cidadão de cultura enciclopédica. Moisés foi o maior guia que a nação hebreia teve. No Pentateuco, tudo o que se fala, se pensa e faz, tem a ver com Moisés. Ele foi um tipo de Cristo que recebeu a incumbência de conduzir o povo hebreu à terra prometida (At 3.22).

O livro de Deuteronômio não é apenas uma mera repetição da Lei e da história de Israel, mas uma série de discursos conclamando o povo de Deus para a renovação da aliança. Deuteronômio é citado no Novo Testamento mais de cinquenta vezes, um número superado somente pelos Salmos e por Isaías. Exortação é o que não falta no livro de Deuteronômio, pois, como mensagens de despedida de Moisés ao seu povo, o livro combina exortação e mandamentos e serve como exemplo sucinto de como a Lei deveria ser transmitida e ensinada às gerações posteriores:

“Ordenou-lhes Moisés, dizendo: Ao fim de cada sete anos, precisamente no ano da remissão, na Festa dos Tabernáculos, quando todo o Israel vier a comparecer perante o Senhor, teu Deus, no lugar que este escolher, lerás esta lei diante de todo o Israel. Ajuntai o povo, os homens, as mulheres, os meninos e o estrangeiro que está dentro da vossa cidade, para que ouçam, e aprendam, e temam o Senhor, vosso Deus, e cuidem de cumprir todas as palavras desta lei” (Dt 31.10-12).

Percebe-se que o objetivo de Moisés não era sonegar a verdade de Deus ao povo, mas nutri-lo com o trigo da verdade. Moisés tinha plena convicção de que o propósito de ler a “Lei” era uma forma de ensinar ao povo sobre Deus e seus preceitos. Fato interessante é que somente os Dez Mandamentos são dados diretamente pela voz de Deus; todo o restante da lei é mediado através da pessoa de Moisés. “Ouve, Israel, o senhor, nosso Deus, é o único Senhor” (Dt 6.4). Esta porção do livro de Deuteronômio mostra um Moisés convicto de que sua posição como líder do povo não era apenas um posto de privilégios, mas uma plataforma de serviços. Ele não só leu a lei perante o povo de Israel, mas também ensinou o povo de acordo com os preceitos os quais o senhor havia estabelecido:

“Agora, pois, ó Israel, ouve os estatutos e os juízos que eu vos ensino, para os cumprirdes, para que vivais, e entreis, e possuais a terra que o senhor, Deus de vossos pais, vós dá. Nada acrescenteis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do senhor, vosso Deus, que eu vos mando” (Dt 4.1,2).

Moisés leu a Lei, explicou-a e aplicou-a ao coração do povo. Mais importante que receber as bênçãos de Deus é aprender a andar com Deus. O povo já havia recebido a promessa de que Deus os sustentaria provendo-lhes o alimento necessário para sua subsistência durante os anos de peregrinação (Ex. 16.11,12 e 35). Porém, Moisés foi colocado como mediador entre Deus e o povo. No entanto, o ensino da Lei de Deus foi justamente para que o povo não pecasse contra Deus. Tanto é, que quando questionado pelo povo que temia a presença de Deus, Moisés respondeu: “Não temais; Deus veio para vos provar e para que o seu temor esteja diante de vós, a fim de que não pequeis” (Ex 20.20). Quem lê a história do povo de Deus no Antigo Testamento toma conhecimento de uma tragédia que se abateu sobre Judá, o reino do Sul: a invasão de Jerusalém, a destruição e saque do templo, a queda da monarquia davídica e o exílio de grande parte do povo, que ao que nos consta, fora levada evidentemente contra sua vontade para a Babilônia (2 Rs 23.36-25.30). Tais acontecimentos se desenvolveram por volta do ano 589 a.C. Aproximadamente 200 anos antes, o reino do Norte, Israel, havia caído perante o avanço do império Assírio. Os dois reinos foram castigados devido à mesma transgressão: desobediência aos princípios estabelecidos por Deus na lei de Moisés. No entanto, como já é de conhecimento, o Senhor disciplinou o povo por sua desobediência, permitindo assim, que fossem vencidos por exércitos estrangeiros, os quais os conquistaram, venceram e posteriormente os levaram para distante de sua pátria.

Ao retornarem para sua terra natal, os exilados encontraram uma cena catastrófica, um cenário de completa destruição, de tal forma que apenas a reconstrução dos muros de Jerusalém, como também do templo, não seriam o suficiente para o completo restabelecimento da nação, mas fazia-se necessária uma completa restauração da sociedade para que então o povo pudesse se sentir repatriado novamente, resgatando, assim, sua dignidade como povo escolhido de Deus. Diante de tal situação, vários líderes foram levantados para fazer a diferença neste momento de recomeço na história do povo de Deus, dentre os quais podemos destacar Esdras, o escriba que fora levantado por Deus no processo de reconstrução da nação.

Esdras destaca-se pelo seu vigor e compromisso com a Palavra de Deus: “Porque tinha disposto o coração para buscar a Lei do Senhor, e para cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos” (7.10). Esdras era um praticante fervoroso da Palavra de Deus, uma demonstração de pleno zelo com os preceitos divinos. Como ouvinte e praticante diligente da Palavra, o objetivo de Esdras era ensinar seus compatriotas a fazerem o mesmo. A vida e ministério de Esdras são prova viva de que não basta apenas conhecer a Lei de Deus ou apenas ser um erudito com a cabeça cheia de luz, não basta apenas ostentar a Palavra de Deus, é necessário ser boca de Deus.

LOPES (2008, p. 26), afirma que: “Assim como o cirurgião não pode operar com as mãos sujas, o pregador não pode subir ao púlpito com a vida maculada” (Zc 31-10). Da mesma forma, ao falar sobre a vida do pregador, BAXTER (2008, p. 45) ressalta o seguinte: “Não devemos desmentir com a vida aquilo que pregamos com a língua, pois este é o maior empecilho para o sucesso verdadeiro do trabalho do pregador”. Esdras obteve resultados positivos como expositor da Palavra de Deus, pois durante seu ministério demonstrou confiança em Deus (7.6,9,27), dependência de Deus (8.15,21,32) e identificação com o povo de Deus (9.3-15).

Outro aspecto interessante é que a aliança feita era condicional; o Senhor guardaria as suas promessas e Israel obedeceria aos seus mandamentos divinos. Israel, por sua vez, falhou, deixando de observar os mandamentos de Deus, e o resultado foi o exílio. No entanto, em um cenário de destruição, humilhação e pobreza, Esdras se levanta como expositor da Palavra de Deus (Ne 8.1-8). 

A Lei foi não somente lida, mas também explicada, para garantir que o povo compreendesse o seu significado transformador. A fiel pregação da Palavra de Deus pode mudar a história de toda uma nação. Prova disto é que todo o povo chorava, ouvindo as palavras da Lei (Ne 8.9), pois, o verdadeiro conhecimento nos leva às lágrimas. Quanto mais perto estamos de Deus, mais nos tornamos conscientes de nossa pecaminosidade. A fiel pregação da Palavra de Deus também traz alegria, pois, esta foi a reação do povo. Choraram de arrependimento pelo pecado e depois se alegraram com a promessa da restauração (Ne 8.10).