TESTEMUNHO DE O JOVEM TRISTE-BIGE

 JESUS ME TIROU DO VALE DA MORTE.TESTEMUNHO DE O JOVEM TRISTE.       

                             Por Valdeci Fidelis

A graça e a paz a toda igreja, amém. Irmãos este texto dos Salmos 23:4 diz: “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.(Sl 23:4)”. Vou contar um pouco da minha historia, bem eu fui criado com muita educação pelos meus pais, comecei a trabalhar cedo muito novo na Guarda Mirim com 12 anos, com 13 anos eu já conhecia toda cidade de ponta a ponta. 

Trabalhei em vários lugares, restaurantes e vários supermercados. Os anos se passaram aí eu fui trabalhar no restaurante do Shopping, trabalhei lá por voltas de quatro anos, fui mandado embora, foi quando eu comecei a conhecer o mundão. Comecei a traficar, aí me acostumei com o dinheiro fácil, andava com os bolsos cheios de dinheiro, e com isso eu fui desgraçando e acabando com a família dos outros. Fiz muitas mães chorarem por causa dos seus filhos nas drogas e muitas esposas também por conta dos seus maridos estarem viciados nesta maldita droga, eu só andava armado, não via a hora de aparecer uma briga pra eu querer entrar na confusão, pra querer dar tiros, porque eu era o bonzão, era o machão, o bom, eu era o “gostosão”. Resumindo: Eu, era encrenqueiro possuído pelo diabo. 

 

Com isso fui preso dois vezes, e na última vez que eu estive preso foi por porte ilegal de arma, foi no ano de 2000, foi quando eu saí da prisão, eu  e meus pais compramos um carrinho de cachorro quente, aqueles de empurrar e coloquei para trabalhar lá no calçadão, em frente a Caixa econômica ao lado onde é hoje a base operacional da PM no centro. Todos os dias, tinha que ir buscar este carrinho e vinha empurrando pelas ruas desde o correio onde ficava guardado num estacionamento ate no local de trabalho que era no calçadão da rua Maffei. 

Eu tinha que lavar as vasilhas todos os dias cedo e a tarde, aquele monte de gente passando pra lá e pra cá e nisso passavam meus colega também, (se diziam colegas) e perguntavam pra mim se eu não tinha vergonha de ficar ali trabalhando, com toda aquelas pessoas passando todos os momentos, e me vendo daquele jeito empurrando carrinho e lavando  vasilhas na praça; eu dizia que não. Quando eu retornava pra casa a noite, já encontrava um monte de viciados à minha espera, para poder pegar a porcaria da droga, aí eu voltava a me envolver  com o trafico.

 

Certo dia de domingo eu encontrei com uns amigos, compremos umas cervejas, (hoje eu chame de xixi do Satanás), e procuramos ficar debaixo dos pés de árvores (manga), eu e outro colega armados, nossa intenção era dar alguns tiros para o alto, a toa, aí foi quando eu disparei um tiro que atingiu minha mão. Depois voltei a trabalhar com o cachorro quente (Hot Dog), fiquei na praça com os camelôs, quando resolveram tirar os “Camelôs” da praça, e nos levaram para o novo Camelódromo (shopping popular). 

Aí minha vida começou a mudar, tive que mudar de mercadoria, de cachorro quente  fui ser sacoleiro, fui ganhando mais dinheiro, e surgiu a inveja dos bandidos das quebradas, e ganhei mais inimigos também. Certo dia teve um aniversário de um amigo meu no centro comunitário de um bairro, e chegaram os maloqueiros e queriam entrar na festa, eu como sempre fui tomar as dores desse meu amigo (da festa), quando começou uma briga e eu peguei um dos caras e bati tanto nele que foi parar no hospital. Ficou alguns dias internado, nisso tinha um amigo meu que nós só andava  juntos e estava no dia da briga, ele participou somente para separar. O cara tinha inveja  de nós (esse colega inseparável) porque estávamos juntos em todas as festas e todos gostavam de nós. Eles já estavam armando matar esse meu amigo que separou a briga, em seguida seria eu a próxima a morrer, (pensava que eu iria comprar a vingança do meu amigo) meu amigo com muito medo, foi embora para outro Estado.  

 Em outro aniversário [...] eu enchi a cara, como todo homem nesta hora é valente, peguei meu resolver e fui procurar os caras, e perguntei por que vocês querem pegar meu amigo? Por que não me pegam? Aí começou um tiroteio, eu acertei um deles, e eu tomei dois tiros, fui baleado para o hospital Santa Casa e ele para o hospital HR.

 Nessa época eu estava conhecendo uma jovem no Camelódromo, que veio tornar-se minha primeira esposa, quando ela chega para me visitar no hospital, eu disse para ela se ela ficasse comigo eu deixaria tudo e não queria saber de vingança! Ela diz sim, casamos, como ela não tinha mais os pais vivos, veio o irmão dela morar com nós, foi nestas altura que ele me apresentou o maldito crack. Comecei a fumar outra vez e tornei-me dependente e começou ser meu fim, foi acabando todo dinheiro, acabando o dinheiro meu a mulher, (hoje a ex) não quis me ajudar, ela foi para as redes sociais, encontrei conversas com uns caras (traição). 

Veio a separação, eu me afundei outra vez nas drogas com força, emagreci dando sinal de debitado, como um cabo de vassoura. Tanto que emagreci que tive que mudar da casa que morava e cada vez mais dragas. Foi quando um colega me convidou para morar na casa dele. Na minha separação eu fiquei com uma cachorra raça Pit Bull, essa cachorra começou a brigar com os cachorros da mãe do meu colega que eu morava com ele, então eu decidir mudar e fui morar numa casa abandonada, eu e a cachorra, certo dia os vizinhos chamaram o Corpo de Bombeiro e levaram minha cachorra para o centro de Zoonoses, depois mudei para um hotel na Avenida Brasil, frente ao camelódromo, morei lá vários meses até  que veio a noticia da demolição do hotel.

 Fiquei outra vez sem ter onde morar. Neste hotel tinha dois viciados também, e dois idosos, resolvemos ficar lá sem água e sem luz, a luz de vela, buscava água em um balde, para tomar banho quando tinha coragem, cada quarto do hotel tinha uma pia num canto e roupas amontoadas. Perdi o prazer de viver, só usar droga, crack cinco gramas de dia e cinco de noite. Fomos despejados daquele lugar horrível e indecente, tenebroso e desumano. Mudei para outro hotel, nesse tempo conheci Gilmara (Gi) minha atual esposa, nesta época eu usava droga conversando com ela pelo celular, durante sete meses, ela não ignorava e sempre me ajudava com palavra de amor e carinhos, ela trabalhava no camelódromo, e eu já tinha um Box lá dentro. 

Eu toda tarde eu ia à frente do Box dela para ajudar fechar, elas ia embora, eu ia para as drogas usava crack, depois ligava para ela até altas horas, não entendia como ela conseguia trabalhar no outro dia. Passado uns 8 meses a patroa dela começou pegar no pé dela, querendo humilhar, falei para ela pedir as contas; que o aluguel dela eu pagaria ate outro emprego. 

Ela veio com a glória de Deus, tornar-se minha mulher maravilhosa, uma guerreira, trabalhadora e abençoada por Jesus Cristo. Uma mulher de Deus, que veio para me ajudar a sair das trevas, uma benção que estava perdendo por causa das drogas. Teve um dia que sumia, só para ficarmos fumando esse maldito crack, certa ocasião já casado com ela, nós tínhamos comprados umas vacas (gado), pra deixar no sitio do pai dela, depois nós vendemos uma vaca para o pai dela, e chegou o dia dele pagar, ele paga para mim, imagine o que eu aprontei; fiquei dois dias imbernado só na maldita droga. Fumei todo dinheiro da vaca, chegando a casa me a surpreendo, não estava, o liguei me atendeu dizendo que estava na Igreja evangélica Casa de Oração Jesus Cristo é a Resposta, se não acreditava fala agora com minha amiga pra saber a verdade, eu desliguei o Celular. 

Irmãos; aquilo para mim foi uma dor de estalo no coração, só quem já perdeu algo tão importante pode sentir o transpassar essa veio vital de morte, pensei: Vou perder outra mulher, outra família por causa das drogas.  Uma mulher que não fez como a outra, mas uma mulher que veio buscar no Senhor a minha cura e libertação, uma mulher que me deu o bem mais precioso; a minha filha que eu amo mais que tudo nesta vida.

 Amamos a Deus sobre todas as coisas, viemos juntos para a igreja lado a lado, como se fossemos uma só carne. Passado alguns meses, o pastor falou que iria ter um batizado, se nós queríamos ser batizado, eu disse que ainda tinha parado com as drogas e solidas e liquidas, mas ainda usava uma droga licita o cigarro. Fui batizado em poucos dias fui libertado de tudo, para honra e gloria do SENHOR; curado de todos os males, liberto de todos os vícios, minha vida e minha família restaurada em nome de Jesus.

­­

O vicio no crack tem destruído vidas de forma rápida e  cruel. Como uma droga altamente viciante pode ter se tornado fácil e barata de adquirir, provocando verdadeiro caos social? Através dessa mistura de acessibilidade e conveniência, essa droga tornou-se a escolhida de muitos. Também a que mais dor, perda e sofrimento causa.Não é fácil para um viciado em crack retomar o controle de sua vida, mas é possível. O problema é que nem todos estão preparados para lidar com as causas e consequências do uso da droga, é o que afirma a psiquiatra Thereza Aquino:

Efeitos do crack no organismo

Das vias aéreas até o cérebro, a fumaça tóxica do crack causa um impacto devastador no organismo. As principais consequências físicas do consumo da droga incluem doenças pulmonares e cardíacas, sintomas digestivos e alterações na produção e captação de neurotransmissores. Veja no infográfico quais são os efeitos agudos e crônicos do uso da droga.

O nosso organismo está como esta foto, deixe seu comentário, copie, estar livre para republicação. 

Postado há 21st August 2014 por Pastor Valdeci Fidelis.