Igreja Presbiteriana reafirma proibição de
ordenação feminina ao pastorado
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02/08/2018
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autorizada conforme lei de imprensa a internet |
Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil
Entre os dias 22 e
28 de julho aconteceu o Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil
(IPB), onde os líderes da denominações decidiram diversos assuntos, entre eles
a proibição de pregações feitas por mulheres.
Em texto publicado
pelo reverendo Augustus Nicodemus Lopes, nas redes sociais, os debates entre os
pastores foram acalorados, com direito a vaias entre os religiosos favoráveis e
contrários ao ordenamento feminino.
No mesmo texto,
onde Nicodemus alerta para circulação de um áudio com a montagem da sua voz e
do Rev. Josafá Vasconcelos, ele resume as decisões do Supremo
Concílio, entre as quais a que afirma que as mulheres só poderão pregar na
falta de oficiais do sexo masculino e sempre sob a autoridade do pastor.
Para alguns
presbiterianos a decisão foi um avanço, mas para outros, tal permissão foi um
absurdo. Muitos criticaram nas redes sociais.
Outra decisão
afirma que pastoras e bispas de outras denominações não poderão mais ser
convidadas para ministrarem nas igrejas da IPB.
“É bom lembrar que
não havia uma posição do SC sobre esse assunto e que abusos estavam acontecendo
no âmbito da denominação, onde igrejas realizavam cultos com pastoras e bispas
de igrejas neopentecostais e de outras linhas, e onde mulheres ocupavam
regularmente os púlpitos”, explicou Nicodemus.
Leia abaixo a
íntegra do texto publicado pelo reverendo Augustus Nicodemus Lopes nas redes
sociais:
“Seis coisas o Senhor aborrece, e a sétima a sua alma abomina: … o que
semeia contendas entre irmãos” (Prov 6.16-19).
Tomei conhecimento, para minha tristeza, de um áudio montado com falas
minhas e do Rev. Josafá Vasconcelos durante as discussões no plenário do
Supremo Concílio da IPB realizado na semana passada (22-28/07/2018). As falas
são referentes à interpretação da pergunta 158 do Catecismo Maior sobre quem
pode pregar.
Após muitos debates no plenário, o Supremo Concílio aprovou uma decisão
que segue em resumo:
1) a pregação regular nas igrejas é feita pelos
seus oficiais (pastores e presbíteros);
2) exceção a candidatos ao sagrado
ministério;
3) excepcionalmente, mulheres podem pregar, quando
não houver disponibilidade de oficiais para pregar e sempre sob a autoridade do
pastor (decisão com a qual o Rev. Josafá não concorda);
4) proibição de mulheres ordenadas em outras
denominações de ocuparem os púlpitos presbiterianos;
5) reafirmação de todas as decisões anteriores que
proíbem a ordenação de mulheres no âmbito da IPB.
É bom lembrar que não havia uma posição do SC sobre esse assunto e que
abusos estavam acontecendo no âmbito da denominação, onde igrejas realizavam
cultos com pastoras e bispas de igrejas neopentecostais e de outras linhas, e
onde mulheres ocupavam regularmente os púlpitos.
Dezenas de pastores e presbíteros se inscreveram para falar sobre o
assunto. Infelizmente, em alguns momentos (poucos, graças a Deus) houve vaias a
oradores, críticas duras feitas de maneira descaridosa, gritos de repúdio a
oradores que falavam tanto a favor quanto contra.
A fala do Rev. Josafá Vasconcelos aconteceu bem antes da minha fala.
Entre o pronunciamento dele e o meu falaram cerca de meia dúzia de pastores e
presbíteros. Portanto, nem Rev. Josafá estava se dirigindo a mim, e muito menos
eu a ele. A preocupação dele e a minha foi e é que a IPB permaneça fiel à
Palavra de Deus, embora discordemos do que isso significa na questão da
participação das mulheres no culto.
O áudio montado passa a impressão que houve uma discussão entre nós
dois, agravado com vaias e apupos. Pode não ter sido a intenção de quem o
montou, mas o resultado final é calunioso, mentiroso, maligno e tem trazido
mais destruição e cisma do que qualquer outra coisa.
Falei hoje com o Rev. Josafá, meu amigo de longa data, a quem muito amo
e respeito. Temos diferenças sobre esse assunto, mas nunca nos faltou o amor e
o respeito mútuos. Ele leu esse texto que escrevi e me autoriza a colocar o
nome dele em aprovação. Juntos, lamentamos o acontecido, repudiamos esse áudio,
e rogamos à igreja de Cristo que proceda segundo o ensino do Senhor, em
respeito e amor fraterno, mesmo quando há discordância entre nós. Deus tenha
misericórdia de sua igreja.
Perguntas Freqüentes: Mulheres pastoras, mulheres pregadoras, mulheres
no ministério
PERGUNTA
Mulheres pastoras ou pregadoras? O que a Bíblia diz sobre as mulheres no
ministério?
RESPOSTA
Talvez não haja assunto mais debatido nas igrejas hoje do que a questão
das mulheres servindo como pastoras e pregadoras no ministério. Por este
motivo, é muito importante que não se veja esta questão como uma competição
entre homens e mulheres. Há mulheres que acreditam que mulheres não devam
servir como pastoras e que a Bíblia coloque restrições ao ministério das
mulheres - e há homens que creem que as mulheres possam servir como pregadoras
e que não haja restrições quanto à atuação das mulheres no ministério. Esta não
é uma questão de machismo ou discriminação. É uma questão de interpretação
bíblica.
A Palavra de Deus proclama: “A mulher aprenda em silêncio, com toda a
sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre
o marido, mas que esteja em silêncio” (I Timóteo 2:11-12). Na igreja, Deus
designa papéis diferentes a homens e mulheres. Isto é resultado da forma como a
humanidade foi criada (I Timóteo 2:13) e da forma pela qual o pecado
entrou no mundo (II Timóteo 2:14). Deus, através do Apóstolo Paulo, restringe
as mulheres de exercerem papéis de ensino e/ou autoridade espiritual sobre os
homens. Isto impede as mulheres de servirem como pastoras, o que definitivamente
inclui pregar, ensinar e ter autoridade espiritual sobre os homens.
Há muitas “objeções” a esta visão de mulheres no ministério. Uma objeção
comum é que Paulo restringe as mulheres de ensinar porque, no primeiro século,
as mulheres tipicamente não possuíam uma educação formal. Entretanto, I Timóteo 2:11-14 em nenhum
momento menciona a posição acadêmica. Se a educação formal constituísse uma
qualificação para o ministério, a maioria dos discípulos de Jesus provavelmente
não teria sido qualificada. Uma segunda objeção comum é que Paulo restringiu
apenas as mulheres de Éfeso de poderem ensinar (I Timóteo foi escrito a
Timóteo, o qual era pastor da igreja em Éfeso). A cidade de Éfeso era conhecida
por seu templo a Ártemis, a falsa deusa greco-romana. As mulheres eram a
autoridade na adoração a Ártemis. Entretanto, o livro de I Timóteo em momento
algum menciona Ártemis, tampouco Paulo menciona a adoração a Ártemis como razão
para as restrições em I Timóteo 2:11-12.
Uma terceira objeção comum é que Paulo estivesse se referindo apenas a
maridos e esposas, não a homens e mulheres em geral. As palavras gregas
em I
Timóteo 2:11-14 poderiam se referir a maridos e esposas, entretanto, o significado
básico das palavras se refere a homem e mulher. Além disso, as mesmas palavras
gregas são usadas nos versículos 8-10. Apenas os maridos devem levantar as mãos
santas em oração sem iras ou contendas (verso 8)? Somente as esposas devem se
vestir com recato, com boas obras e adoração a Deus (versos 9-10)? Claro que
não! Os versículos 8-10 se referem claramente a homens e mulheres em geral, não
apenas a maridos e esposas. Não há nada no contexto que possa indicar uma
mudança para maridos e esposas nos versos 11-14.
"Mais uma objeção frequente a esta interpretação sobre mulheres no
ministério é em relação a mulheres que ocupavam posições de liderança na
Bíblia, principalmente Miriã, Débora e Hulda no Antigo Testamento. Esta objeção
falha em perceber alguns fatores relevantes. Primeiro, Débora era a única juíza
entre 13 juízes homens. Hulda era a única profeta mulher entre dúzias de
profetas homens mencionados na Bíblia. A única ligação de Miriã com a liderança
era por ser irmã de Moisés e Arão. As duas mulheres mais importantes do tempo dos
reis foram Atalia e Jezabel – péssimos exemplos de boa liderança feminina. Mais
importante ainda, porém, a autoridade das mulheres no Antigo Testamento não é
relevante para a questão. O livro de 1 Timóteo e as Epístolas Pastorais
apresentam um novo paradigma para a igreja - o corpo de Cristo - e esse
paradigma envolve".
Argumentos semelhantes são feitos usando Priscila e Febe no Novo
Testamento. Em Atos 18, Priscila e Áquila são apresentados como ministros fiéis
de Cristo. O nome de Priscila é mencionado primeiro, talvez indicando que fosse
mais "importante" no ministério do que o seu marido. No entanto,
Priscila em nenhum lugar é mencionada como participando de uma atividade
ministerial que estivesse em contradição com 1 Timóteo 2:11-14. Priscila e Áquila
trouxeram Apolo à sua casa e o discipularam, explicando-lhe a Palavra de Deus
com mais precisão (Atos 18:26).
Em Romanos 16:1, mesmo que Febe seja considerada uma “diaconisa” ao
invés de “serva”, isto não indica que fosse uma mestra na igreja. “Apto a ensinar”
é dado como uma qualificação aos presbíteros, mas não aos diáconos (I Timóteo
3:1-13; Tito 1:6-9). Os anciãos/bispos/diáconos são descritos como “maridos de
uma só esposa”, “um homem cujos filhos creem” e “homem digno de respeito”. É
bem claro que essas qualificações se referem a homens. Além disso, em I Timóteo
3:1-13 e Tito 1:6-9, apenas pronomes masculinos são usados para se referir a
anciãos/bispos/diáconos.
A estrutura de I Timóteo 2:11-14 torna a “razão” perfeitamente clara. O
verso 13 inicia com “porque” e dá o “motivo” do que Paulo afirmou nos versos
11-12. Por que não devem as mulheres ensinar ou ter autoridade sobre os homens?
Porque “primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a
mulher, sendo enganada, caiu em transgressão.” Este é o motivo. Deus criou Adão
primeiro, e depois criou Eva para ser uma “auxiliadora” de Adão. Esta ordem da
Criação tem aplicação universal na família (Efésios 5:22-33) e na igreja. O
fato de Eva ter sido enganada também é dado como razão para as mulheres não
poderem servir como pastoras ou ter autoridade espiritual sobre os homens. Isto
leva alguns a crerem que as mulheres não devam ensinar por serem mais
facilmente enganadas. Este conceito é discutível, mas se as mulheres forem mais
facilmente enganadas, por que deixar que ensinassem crianças (que são
facilmente enganadas) e outras mulheres (que supostamente são mais facilmente
enganadas)? Não é isso o que diz o texto. As mulheres não devem ensinar ou ter
autoridade espiritual sobre os homens porque Eva foi enganada. Como resultado,
Deus deu aos homens a autoridade primária de ensinar na igreja.
As mulheres são excelentes em dons de hospitalidade, misericórdia,
ensino e ajuda. Muito do ministério da igreja depende das mulheres. As mulheres
na igreja não são restritas do ministério de orar em público ou profetizar (I
Coríntios 11:5), apenas de exercerem autoridade de ensino espiritual sobre os
homens. A
Bíblia em nenhum lugar faz restrições quanto a mulheres exercendo os dons do
Espírito Santo (I Coríntios 12). As mulheres, assim como os homens, são chamadas a
ministrar aos outros, a demonstrar o fruto do Espírito (Gálatas 5:22-23) e a
proclamar o Evangelho aos perdidos (Mateus 28:18-20; Atos 1:8; I Pedro 3:15).
Deus ordenou que somente homens servissem em posições de autoridade de
ensino espiritual na igreja. Isto não é porque os homens sejam necessariamente
melhores professores ou porque as mulheres sejam inferiores ou menos
inteligentes (o que não é o caso). É simplesmente a maneira que Deus designou
para o funcionamento da igreja. Os homens devem dar o exemplo na liderança
espiritual – em suas vidas e através de suas palavras. As mulheres devem ter um
papel de menos autoridade. As mulheres são encorajadas a ensinar a
outras mulheres (Tito 2:3-5). A Bíblia também não restringe as mulheres de
ensinarem crianças. A única atividade que as mulheres são impedidas de fazer é
ensinar ou ter autoridade espiritual sobre homens. Isto logicamente inclui
mulheres servindo como pastoras e pregadoras. Isto não faz, de jeito algum, com
que as mulheres sejam menos importantes, mas, ao invés, dá a elas um foco
ministerial mais de acordo com o dom que lhes foi dado por Deus.
Fonte pesquisada: Got Questions.gov.
Perguntas Freqüentes: Mulheres pastoras, mulheres pregadoras, mulheres no ministério
PERGUNTA
Mulheres pastoras ou pregadoras? O que a Bíblia diz sobre as mulheres no ministério?
RESPOSTA
Talvez não haja assunto mais debatido nas igrejas hoje do que a questão das mulheres servindo como pastoras e pregadoras no ministério. Por este motivo, é muito importante que não se veja esta questão como uma competição entre homens e mulheres. Há mulheres que acreditam que mulheres não devam servir como pastoras e que a Bíblia coloque restrições ao ministério das mulheres - e há homens que creem que as mulheres possam servir como pregadoras e que não haja restrições quanto à atuação das mulheres no ministério. Esta não é uma questão de machismo ou discriminação. É uma questão de interpretação bíblica.
A Palavra de Deus proclama: “A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio” (I Timóteo 2:11-12). Na igreja, Deus designa papéis diferentes a homens e mulheres. Isto é resultado da forma como a humanidade foi criada (I Timóteo 2:13) e da forma pela qual o pecado entrou no mundo (II Timóteo 2:14). Deus, através do Apóstolo Paulo, restringe as mulheres de exercerem papéis de ensino e/ou autoridade espiritual sobre os homens. Isto impede as mulheres de servirem como pastoras, o que definitivamente inclui pregar, ensinar e ter autoridade espiritual sobre os homens.
Há muitas “objeções” a esta visão de mulheres no ministério. Uma objeção comum é que Paulo restringe as mulheres de ensinar porque, no primeiro século, as mulheres tipicamente não possuíam uma educação formal. Entretanto, I Timóteo 2:11-14 em nenhum momento menciona a posição acadêmica. Se a educação formal constituísse uma qualificação para o ministério, a maioria dos discípulos de Jesus provavelmente não teria sido qualificada. Uma segunda objeção comum é que Paulo restringiu apenas as mulheres de Éfeso de poderem ensinar (I Timóteo foi escrito a Timóteo, o qual era pastor da igreja em Éfeso). A cidade de Éfeso era conhecida por seu templo a Ártemis, a falsa deusa greco-romana. As mulheres eram a autoridade na adoração a Ártemis. Entretanto, o livro de I Timóteo em momento algum menciona Ártemis, tampouco Paulo menciona a adoração a Ártemis como razão para as restrições em I Timóteo 2:11-12.
Uma terceira objeção comum é que Paulo estivesse se referindo apenas a maridos e esposas, não a homens e mulheres em geral. As palavras gregas em I Timóteo 2:11-14 poderiam se referir a maridos e esposas, entretanto, o significado básico das palavras se refere a homem e mulher. Além disso, as mesmas palavras gregas são usadas nos versículos 8-10. Apenas os maridos devem levantar as mãos santas em oração sem iras ou contendas (verso 8)? Somente as esposas devem se vestir com recato, com boas obras e adoração a Deus (versos 9-10)? Claro que não! Os versículos 8-10 se referem claramente a homens e mulheres em geral, não apenas a maridos e esposas. Não há nada no contexto que possa indicar uma mudança para maridos e esposas nos versos 11-14.
"Mais uma objeção frequente a esta interpretação sobre mulheres no ministério é em relação a mulheres que ocupavam posições de liderança na Bíblia, principalmente Miriã, Débora e Hulda no Antigo Testamento. Esta objeção falha em perceber alguns fatores relevantes. Primeiro, Débora era a única juíza entre 13 juízes homens. Hulda era a única profeta mulher entre dúzias de profetas homens mencionados na Bíblia. A única ligação de Miriã com a liderança era por ser irmã de Moisés e Arão. As duas mulheres mais importantes do tempo dos reis foram Atalia e Jezabel – péssimos exemplos de boa liderança feminina. Mais importante ainda, porém, a autoridade das mulheres no Antigo Testamento não é relevante para a questão. O livro de 1 Timóteo e as Epístolas Pastorais apresentam um novo paradigma para a igreja - o corpo de Cristo - e esse paradigma envolve".
Argumentos semelhantes são feitos usando Priscila e Febe no Novo Testamento. Em Atos 18, Priscila e Áquila são apresentados como ministros fiéis de Cristo. O nome de Priscila é mencionado primeiro, talvez indicando que fosse mais "importante" no ministério do que o seu marido. No entanto, Priscila em nenhum lugar é mencionada como participando de uma atividade ministerial que estivesse em contradição com 1 Timóteo 2:11-14. Priscila e Áquila trouxeram Apolo à sua casa e o discipularam, explicando-lhe a Palavra de Deus com mais precisão (Atos 18:26).
Em Romanos 16:1, mesmo que Febe seja considerada uma “diaconisa” ao invés de “serva”, isto não indica que fosse uma mestra na igreja. “Apto a ensinar” é dado como uma qualificação aos presbíteros, mas não aos diáconos (I Timóteo 3:1-13; Tito 1:6-9). Os anciãos/bispos/diáconos são descritos como “maridos de uma só esposa”, “um homem cujos filhos creem” e “homem digno de respeito”. É bem claro que essas qualificações se referem a homens. Além disso, em I Timóteo 3:1-13 e Tito 1:6-9, apenas pronomes masculinos são usados para se referir a anciãos/bispos/diáconos.
A estrutura de I Timóteo 2:11-14 torna a “razão” perfeitamente clara. O verso 13 inicia com “porque” e dá o “motivo” do que Paulo afirmou nos versos 11-12. Por que não devem as mulheres ensinar ou ter autoridade sobre os homens? Porque “primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão.” Este é o motivo. Deus criou Adão primeiro, e depois criou Eva para ser uma “auxiliadora” de Adão. Esta ordem da Criação tem aplicação universal na família (Efésios 5:22-33) e na igreja. O fato de Eva ter sido enganada também é dado como razão para as mulheres não poderem servir como pastoras ou ter autoridade espiritual sobre os homens. Isto leva alguns a crerem que as mulheres não devam ensinar por serem mais facilmente enganadas. Este conceito é discutível, mas se as mulheres forem mais facilmente enganadas, por que deixar que ensinassem crianças (que são facilmente enganadas) e outras mulheres (que supostamente são mais facilmente enganadas)? Não é isso o que diz o texto. As mulheres não devem ensinar ou ter autoridade espiritual sobre os homens porque Eva foi enganada. Como resultado, Deus deu aos homens a autoridade primária de ensinar na igreja.
As mulheres são excelentes em dons de hospitalidade, misericórdia, ensino e ajuda. Muito do ministério da igreja depende das mulheres. As mulheres na igreja não são restritas do ministério de orar em público ou profetizar (I Coríntios 11:5), apenas de exercerem autoridade de ensino espiritual sobre os homens. A Bíblia em nenhum lugar faz restrições quanto a mulheres exercendo os dons do Espírito Santo (I Coríntios 12). As mulheres, assim como os homens, são chamadas a ministrar aos outros, a demonstrar o fruto do Espírito (Gálatas 5:22-23) e a proclamar o Evangelho aos perdidos (Mateus 28:18-20; Atos 1:8; I Pedro 3:15).
Deus ordenou que somente homens servissem em posições de autoridade de ensino espiritual na igreja. Isto não é porque os homens sejam necessariamente melhores professores ou porque as mulheres sejam inferiores ou menos inteligentes (o que não é o caso). É simplesmente a maneira que Deus designou para o funcionamento da igreja. Os homens devem dar o exemplo na liderança espiritual – em suas vidas e através de suas palavras. As mulheres devem ter um papel de menos autoridade. As mulheres são encorajadas a ensinar a outras mulheres (Tito 2:3-5). A Bíblia também não restringe as mulheres de ensinarem crianças. A única atividade que as mulheres são impedidas de fazer é ensinar ou ter autoridade espiritual sobre homens. Isto logicamente inclui mulheres servindo como pastoras e pregadoras. Isto não faz, de jeito algum, com que as mulheres sejam menos importantes, mas, ao invés, dá a elas um foco ministerial mais de acordo com o dom que lhes foi dado por Deus.