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" Como estou aflito, minha mãe! Quem dera eu tivesse morrido ao nascer! Sou odiado em todo lugar. Não sou um credor que ameaça cobrar a dívida, nem um devedor que se recusa a paga-la; ainda assim, todos me amaldicioam” (Jr 15.10). O profeta expressa o seu desejo de nunca ter nascido, pronunciando que vivia uma vida justa, mas todos o amaldiçoavam. Ressalta o autor que isso não é surpreendente, pelo fato de Jeremias levar ataques amargos aos seus compatriotas, por sua obediência a Deus. A partir do versículo 15 até o 21, do capítulo 15, Jeremias expressa sua solidão em meio ao povo atarefado.
Com isso, muito das suas tensões emocionais sugiram de um esforço de estar do lado de Deus e contra o seu povo. Inclusive, fazia parte de seus inimigos, a sua própria família.Apesar de um relacionamento profundo com Deus, percebe-se, através das orações confessionais de Jeremias, em especial no capítulo 15, um homem amedrontado, solitário, ferido e irado. Ele declara que o Senhor o conhece e pede socorro e justiça diante de seus perseguidores. Sente-se assustado, desesperado, amaldiçoado e perseguido, com dores físicas, confinado e, portanto, sem um lugar próprio. A Bíblia também mostra como Jeremias sentia solidão.“Quando as tuas palavras foram encontradas devorei-as; são minha alegria e dão prazer a meu coração, pois pertenso a ti, ó Senhor, deus dos Exércitos" (15:16).
Compreende-se que a depressão atinge de várias maneiras as pessoas, tendo elas conhecimento ou não sobre a doença. Parece existir grande resistência de ministros religiosos em aceitar e buscar ajuda para enfrentá-la.Eswine relata sobre a depressão de Charles Spurgeon, teólogo do século XIX, que expôs seu quadro depressivo. O autor salienta que as pessoas que acreditam em Jesus, existe uma dificuldade em admitir quando estão passando pela estrada da aflição.
Também considera a depressão dolorosa ou, ainda, uma disposição à tristeza na química do indivíduo, que poderá atingi-lo de forma brusca e intensa, tirando-lhe até mesmo os dons do amor divino. Da mesma forma, surgem questionamentos, tais quais, se a culpa é da pessoa ou se Deus está contra ela. Há também a sensação de desamparo, acompanhada de vergonha, o que leva o indivíduo a evitar falar sobre a depressão. E quando é falado sobre ela, parece ser um assunto escandaloso, que é reprendido como se fosse pecado.
Por esse motivo, poucos pastores procuram ajuda e, por sua vez, alguns daqueles que se dispõem a ajudar tornam mais constrangedora a situação. Observam-se grandes homens de fé, pastores, teólogos com um vasto conhecimento bíblico e acadêmico, com ampla experiência ministerial, acometidos pelos desafios da depressão. É necessário compreender de que forma alguns destes homens perceberam que estavam diante dessa situação. Como perceberam a depressão com ajuda da equipe Multidisciplinar melhorando a qualidade de vida e a contabilização não somente dos efeitos decorrentes da depressão, mas também as alegrias do ministério pastoral.
O processo de tratamento e cura envolve o trabalho de profissionais da área, a compreensão de familiares, amigos e o acolhimento de um conselheiro capacitado e preparado para principalmente ouvir. Em grande parte, os depressivos podem melhorar muito se houver a aceitação por parte dos amigos e familiares. O convívio com pessoas dispostas a ajudar no processo de renovação é essencial. É importante ressaltar o valor da fé em Deus na cura da depressão. Além disso, é fundamental procurar ajuda médica.
A pesquisa não esgotou os estudos sobre o tema proposto, mas apresentou sua contribuição ao conceituar a depressão, mostrar seus sintomas, causas e efeitos, assim como contextualizou a depressão entre os líderes bíblicos e os ministros religiosos, por fim, abordando o enfrentamento da depressão. A relevância deste estudo trouxe conhecimento e um despertar sobre o grande número de casos de depressão na área pastoral. Entende-se, assim, a necessidade da prevenção e o cuidado por meio de mentoria. Dessa forma, acredita-se ser possível perceber alguns sintomas depressivos e evitar que chegue em casos mais #graves.
Com isso estará não somente contribuindo com a saúde do indivíduo, mas também com o seu ministério.Diante de tudo que foi pesquisado e apresentado, é importante ressaltar o valor da prevenção da depressão. Com algumas medidas simples é possível evitar que mais pastores e pastoras sofram desse mal. Se as igrejas e os próprios líderes forem conscientizadas que não são super-heróis, muitos males poderão ser evitados. Uma igreja que entende que seu líder necessita de cuidados vai procurar ajudá-lo. Quando um pastor se conscientizar que não é imune à depressão, fatalmente cuidará mais de si mesmo. São medidas simples, mas eficazes na prevenção de doenças como a depressão no ministério pastoral.
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