SEGUIDORES DE PAULO COMEÇA NO TEMPO DE PENTECOSTES
By Valdeci Fidelis
Para entender Atos 13 e 14 de forma clara, é importante considerar o contexto histórico, cultural e teológico, além de analisar os eventos narrados. Vamos explorar esses capítulos em partes. iniciando o ano 29 d.C
Jesus disse aos discípulos para eles irem e pregarem em seu nome a todas as nações assim que estivessem "revestidos da força do alto". A dramática descida do Espírito Santo para guiar os crentes pelo seu caminho transformou os seus anciosos seguidores numa comunidade alegre e dinâmica. Numa decisiva manhã de verão, por volta do ano 29 d.C., juntaram-se em Jerusalém cerca de 120 seguidores de um mestre judeu de nome Jesus. O ambiente dessa reunião estava pleno da excitação do dia de festa, o pentecostes, uma festa da colheita do trigo celebrada cinquenta (50) dias após a Páscoa.
Subitamente, algo surgiu entre eles: havia um ruído de um vento, como uma forte tempestade vinda dos Céus e tomando a casa. E viram algo que se assemelhava alínguas de fogo que se dividiam e pareciam pousar, ardento, sobre cada um deles.
Mais importante que isso, sentiram força dentro de si à medida que o Santo Espírito de Deus os inundava. Quando esta força, que nunca tinham sentido, surgiu em cada um, o grupo dos discipulos soube que as suas vidas tinham definitivamente mudado. Saíram ao encontro de uma multidão crescente de peregrinos curiosos que tinham ouvido o ruído quando se dirigiam ao templo.
Os discípulos começaram a falar como nunca antes o tinham feito, e aqueles que os ouviram podiam entende-los como se um deles falasse na sua própria língua.
CONTEXTO
Contexto Histórico e Cultural "A Igreja Primitiva": No início do livro de Atos, a Igreja estava se expandindo em Jerusalém e na Judeia. Com a conversão de Paulo, que era um perseguidor dos cristãos, a missão de levar o evangelho aos gentios (não judeus) começou a ganhar força. "Antioquia da Síria": Esta cidade se tornou um centro missionário importante. Era uma cidade multicultural, onde judeus e gentios conviviam, o que a tornava um local ideal para a propagação do evangelho.
Atos 13: A Primeira Viagem Missionária
v.1. "Chamado e Envio (Atos 13:1-3)": A igreja em Antioquia estava em oração e jejum quando o Espírito Santo separou Paulo e Barnabé para uma missão. Isso mostra a importância da oração e da direção divina na obra missionária.
v.2. "Viagem a Chipre (Atos 13:4-12)": Paulo e Barnabé viajaram para Chipre, onde pregaram nas sinagogas. Em Pafos, encontraram um mágico chamado Elimas, que se opôs à pregação. Paulo, cheio do Espírito Santo, confrontou Elimas, e ele ficou cego temporariamente. Isso demonstrou o poder de Deus e levou o pró-cônsul Sérgio Paulo a crer.
v.3. "Pregação em Antioquia da Pisídia (Atos 13:13-41)": Em Antioquia da Pisídia, Paulo pregou na sinagoga, apresentando a história da salvação desde Abraão até Jesus. Ele enfatizou que Jesus é o cumprimento das promessas feitas a Israel e que a salvação é oferecida a todos, judeus e gentios.
4. "Reação e Conflito (Atos 13:42-52)": A mensagem de Paulo atraiu muitos, mas também gerou oposição. Os judeus invejosos incitaram a multidão contra Paulo e Barnabé, levando-os a serem expulsos da cidade. Eles sacudiram o pó dos pés contra eles, um sinal de rejeição, e continuaram a pregar em outras cidades.
Atos 14: Continuação da Viagem Missionária
v.1. "Listra e Derbe (Atos 14:1-7)": Em Icônio, Paulo e Barnabé pregaram com sucesso, mas enfrentaram perseguição. Eles fugiram para Listra, onde curaram um homem aleijado. A multidão, impressionada, começou a adorá-los como deuses (Júpiter e Mercúrio). Paulo e Barnabé rapidamente corrigiram essa adoração, apontando para o Deus verdadeiro.
v.2. "Perseguição e Retorno (Atos 14:8-20)": Apesar de seus esforços, alguns judeus de Antioquia e Icônio chegaram a Listra e incitaram a multidão contra Paulo, que foi apedrejado e dado como morto. No entanto, ele se levantou e continuou a pregar.
v.3. "Fortalecimento das Igrejas (Atos 14:21-28)": Após pregar em Derbe, Paulo e Barnabé retornaram às cidades onde haviam estabelecido igrejas, fortalecendo os discípulos e encorajando-os a permanecer firmes na fé. Eles também designaram anciãos para liderar as igrejas.
Conclusão e Aplicação "A Importância da Direção do Espírito Santo": A obra missionária de Paulo começou com um chamado claro do Espírito Santo, mostrando que a missão deve ser guiada por Deus.
"Resiliência em Face da Perseguição": Paulo e Barnabé enfrentaram oposição, mas continuaram a pregar. Isso nos ensina sobre a importância de perseverar na fé, mesmo diante de dificuldades.
Universalidade do Evangelho: A mensagem de Paulo enfatiza que a salvação em Cristo é para todos, não apenas para os judeus. Isso é um princípio central do cristianismo.
"Estabelecimento de Líderes": A designação de anciãos nas igrejas mostra a importância de uma liderança espiritual sólida para o crescimento da Igreja.
Esses capítulos nos oferecem uma visão clara do início da missão de Paulo e da expansão do cristianismo, destacando a importância da fé, da perseverança e da liderança na Igreja.
O apóstolo Paulo realizou quatro grandes viagens missionárias, que foram cruciais para a disseminação do Cristianismo pelo Império Romano. Cada viagem teve suas rotas e cidades principais, conforme narrado no livro de Atos dos Apóstolos.
No dia de Pentecostes, que aconteceu depois da morte de Jesus, os seus discípulos ficaram subitamente repletos do Espirito Santo, começando a flar entusiasticamente sobre as obras de Deus. Estranhamente, as suas palavras estasiadas, pronunciadas num dialeto galileu do aramaico, que era a lingia falado natal, foram ouvidas em todas as línguas faladas pelos peregrinos que visitavam Jerusalém, como sendo os seguidores dos passos de Jesus.
1ª Viagem Missionária (aprox. 47-49 d.C.)
Companheiros: Barnabé e João Marcos.
Principais destinos e cidades:
1. Chipre: Salamina e Pafos.
2. Turquia (regiões da Panfília, Pisídia e Licaônia): Perge, Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe. Em Listra, Paulo chegou a ser apedrejado e dado como morto, mas sobreviveu.
2ª Viagem Missionária (aprox. 50-53 d.C.)
Companheiros: Silas, depois Timóteo, Priscila, Áquila e Lucas.
Principais destinos e cidades:
Síria: Antioquia da Síria (ponto de partida).
Turquia (regiões da Cilícia, Frígia, Galácia, Mísia e Trôade):
Derbe, Listra, Icônio, Antioquia da Pisídia, Trôade.
Grécia (Macedônia e Acaia): Filipos, Tessalônica, Beréia, Atenas e Corinto.
Em Filipos, Paulo e Silas foram presos, mas um terremoto abriu as portas da prisão, levando à conversão do carcereiro. Em Atenas, Paulo proferiu seu famoso discurso no Areópago. Em Corinto, Paulo permaneceu por cerca de um ano e meio, estabelecendo uma das mais importantes igrejas.
Breve parada de regresso: Éfeso (na Turquia).
Retorno: Cesareia e Antioquia da Síria.
3ª Viagem Missionária (aprox. 54-58 d.C.)
Companheiros: Vários, incluindo Timóteo e Lucas.
Principais destinos e cidades:
Turquia (Galácia, Frígia e Ásia): Éfeso (onde permaneceu por quase 3 anos), Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra, Derbe, Trôade e Mileto. Em Éfeso, houve um grande avivamento e confrontos com praticantes de magia.
Grécia (Macedônia e Acaia): Filipos, Tessalônica, Beréia e Corinto.
Retorno: Tiro, Cesareia.
Chegada: Jerusalém.
4ª Viagem (Jornada para Roma - aprox. 59-60 d.C.)
Esta não foi uma viagem missionária no sentido de iniciar novas igrejas, mas uma jornada como prisioneiro, levando-o a Roma para ser julgado.
Companheiros: Guardas romanos, Lucas e outros.
Principais destinos e cidades - regiões:
1. Israel: Cesareia (onde ficou preso por dois anos).
2. Líbano: Tiro.
3. Turquia: Mirra.
4. Creta: Bons Portos.
5. Malta: Ilha onde naufragaram.
6. Sicília: Siracusa.
7. Itália: Régio, Putéoli, Roma.
Em Roma, Paulo permaneceu em prisão domiciliar por dois anos, continuando a pregar o evangelho.
Esses caminhos e cidades citados, demonstram a vasta extensão do trabalho missionário de Paulo, que levou a mensagem de Jesus Cristo por grande parte do mundo conhecido de sua época.
Da palavra falada ao texto escrito. Todos os autores do Novo Testamento eles escreveram eo primeiro lugar não para a posteridade, mas para as cristandades conteporâneas, eles se esforçaram para instruir, inspirar, resolver um problema ou repreender.
Poprque os escrito falando de Jesus e sua vida, chamam-se "Evangelho" porque relatam as "boas novas" do ensinamento da vida e morte e da Ressurreição Cristo: devemos compreender que a palavra vem do grego euangelion, (boas novas) e do latim chamam-se evangelium. Devemos aceitar que é quase certo que existiram versões escritas das tradições referentes à vida e ensinamentos de Cristo ante dos Evangelhos e Epístolas, mas devemos aceita que nenhuma dessas versões chegou ate nós.
Como também é possivel que tenham sido compilações dos ditos e parábolas de Jesus ou muitas passagens -chaves das escrituras, com notas dando o intender a interpretação das mesmas.
Como exemplo uma coleção destas poderia, por exemplo, conter trechos dos salmos e profeta, querendo mostrar ou mostrando ao mesmo tempo, como se relacionavam entre si e com Cristo. As coletâneas chamavam-se testimonia, ou mesmo de "testemunhos".
O material transcrito, ditos e parábolas de Jesus, histórias sobre sua vida, interpretação de trechos do AntigoTestamento relacionando-os com Cristo havia sido originalmente transmitido de viva voz. Nos primeiros dias da igreja, a tradição oral tinha com frequencia mais prestigio que qualquer palavra escrita. Saber mais acessar:
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