quinta-feira, 7 de março de 2019

IGREJA NA CIDADE E NO RURAL

Todos nós temos conhecimentos de que o lado rural foi sempre um lugar que precisava de muita ajuda, hoje estamos muito concentrados em caminhos e rodovias que escoam as pessoas moradoras nestes locais, como sendo a mesma cidade; trabalhadores moram muitas vezes ha mais de 50 km dista de suas casas em cidades menores, assim também são moradores rurais que trabalham nas cidades, onde encontramos tudo mais próximos até mesmo um lugar para se encontrarem e conversarem; ou uma igreja para fazerem suas devoções e orações. O evangelho de hoje exige projetos e não mais sacrifícios.

 "Se analisarmos o último censo geral do IBGE, existe, de fato, um aumento expressivo no número dos que se alegam evangélico. Observemos, in verbis, o texto a seguir, retirado do site do IBGE:
“O número de evangélicos no Brasil aumentou 61,45% em 10 anos, segundo dados do Censo Demográfico divulgado nesta pagina pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2000, cerca de 26,2 milhões se disseram evangélicos, ou 15,4% da população. Em 2010, eles passaram a ser 42,3 milhões, ou 22,2% dos brasileiros. Em 1991, o percentual de evangélicos era de 9% e, em 1980, de 6,6%.” 

Nossa visão do evangelho de hoje não é mais o primitivo, onde as famílias residiam nas sertanias e fazendas distantes das cidades, em nossa era houve um grande êxodo para o meio urbano.

Por que a igreja precisa refletir sobre missão urbana ou evangelização das cidades? A razão é muito simples: pessoas precisam ser alcançadas pelo evangelho de Jesus Cristo e elas estão vivendo cada vez mais em cidades. Em nosso país, até 1960, havia mais brasileiros vivendo em áreas rurais do que em cidades. Em 1970, o número de brasileiros vivendo em cidades já era 10% superior àqueles que viviam em áreas rurais. Hoje, 84% dos brasileiros vivem em cidades. Assim, se a igreja quiser alcançar as pessoas, precisa amar as cidades e entender a vida urbana.

A pergunta que precisamos fazer é a seguinte: por que apesar de todos os problemas da vida urbana, as cidades continuam atraindo as pessoas? A resposta caminha na seguinte direção: a cidade é lugar de liberdade, diversidade, identificação e oportunidade, principalmente de estudo e emprego.
Geralmente, em razão da herança rural, as igrejas possuem uma visão negativa das cidades e isto impede uma conexão positiva entre a igreja e a cidade. A cidade acaba sendo vista como um mal necessário, como algo que deve ser tolerado. Isto tem feito com que nossas igrejas sejam igrejas na cidade, mas não sejam igrejas para a cidade.

Na relação “cidade e Evangelho” é fundamental refletirmos sobre o ministério pastoral, considerando a história e a experiência tradicional. Em meio às frustrações, estresse e desmotivação, vários pastores e pastoras lutam para desenvolver um ministério pastoral de manutenção, na base de muito sacrifício. Para além desta realidade, é possível encontrar hoje diversas igrejas sendo bem sucedidas na pregação e na evangelização nas cidades. 

 Os cursos, encontramos meios nos ministérios pastorais voltados não somente para a resolução de problemas, mas ministério pastoral desenvolvido a partir de projetos: implantação de igrejas, resgates de membros desviados, restauração de igrejas em bairros e vilas, distritos, pessoas que se sente com o desejo de mudança de vida pela fé em Jesus.

 O ministério pastoral deve ser administrado aos demais membros, quer dizer não ministrar somente para si mesma como autoridade, porque falamos de um pastor "Ó Pastor Jesus Cristo". mas como obreiros devemos mostrar os aconselhamentos dos demais pastores que estão representando o Cristo.

quarta-feira, 6 de março de 2019

COMO ZAQUEU QUERO SUBIR

ZAQUEU - LUCAS 19.1-10


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Culto de domingo, 3 de março de 2019, na Igreja Assembleia de Deus Madureira de Marabá Paulista SP, foi embasada na vida e historia do publicano Zaqueu relatado no Novo Testamento, com este cobrador de impostos que conheceu Jesus ao ser visto pelo Mestre em cima de uma árvore.
Dentre os encontros que pessoas tiveram com Jesus Cristo em seu ministério terreno, talvez o de Zaqueu seja um dos mais conhecidos em nossos dias. Recentemente, uma música sobre ele fez tanto sucesso que até em bailes funk e boates costumava-se parar o batidão para cantar “Como Zaqueu, quero subir, o mais alto que eu puder…” Como também foi nos anos 70 a musica tocada em todos os lugares que era sucesso e muitos não tinham conhecimento era o Salmos 137 musicado.
Assim com o publicano Zaqueu, possivelmente, era bem relacionado e conhecido na cidade de Jericó, mas, nem por isso, ele era um homem benquisto pelo o povo. Seu trabalho era de (cobrar impostos) isso causava repulsa em seus conterrâneos, o que provavelmente o relegava a viver em um ambiente de isolamento antissocial, ainda que fosse detentor de uma  grande fortuna. Tanto que, quando Jesus resolveu se hospedar em sua casa, a murmuração tomou conta das ruas: Como um rabino da estirpe de Jesus, poderia se envolver em comunhão com um homem maldito cobrador de impostos?
O resultado de tamanha ousadia não poderia ser outro: A transformação de vida e a salvação, e aqui eu gostaria de ressaltar algumas lições que podemos aprender a partir desse texto: Imaginamos a multidão que acompanhava O Mestre já era grande, e ainda aumentou após correr a noticia de que Ele ter curado o cego Bartimeu (veja o final de Lucas 18). Entretanto, Zaqueu subiu numa arvore e Jesus “acha” Zaqueu em cima da árvore entre as folhagens e o chama pelo nome, evidenciando saber sobre vida daquele homem ao se convidar para ficar hospedado em sua casa. A mesma coisas pode acontecer conosco. Jesus sabe quem somos, o que fizemos e que iremos fazer. Ele sabe de todas as coisas, os detalhes mais íntimos do nosso coração e, mesmo assim, nos busca em meio à multidão.
 Zaqueu exercia uma profissão que fazia dele uma pessoa desprezada, todos evitava, mas não Jesus. Pelo contrário, o Senhor Jesus, vai em sua direção, não com palavras de desprezo, mas de vida eterna. Da mesma forma, quem você acha que é ou a maneira como as pessoas costumam lhe tratar não tem relação com a maneira como Jesus Cristo olha para sua vida. Os caminhos dele são incomparavelmente superiores.
 Zaqueu tenha aceitado ser um cobrador de impostos por ganância, mas, depois desta visita, sua fortuna em dinheiro passou de motivo de ódio para um instrumento de bênção, especialmente aos mais pobres. Deus não joga nada de sua vida na lata da lixeira. As experiências negativas com o pecado podem ser usadas pelo Pai para fortalecer outros em luta que crê que Ele tudo pode..
 Zaqueu meus irmãos é um personagem tão cantado em músicas de louvores em todas as igrejas e mesmo em momentos de alegrias e encantamentos. Sua experiência com o Mestre Jesus nosso, Salvador é também nossa experiência, pois Jesus continua nos buscando “pelo nome”, nos transformando de dentro para fora e nos usando para abençoar o próximo. Quando achamos que estamos buscando a Cristo, na verdade, é Ele quem nos busca.
Zaqueu quis cumprir os mandamentos da Lei Mosaica que quem roubava tinha que devolver até cinco vezes o valor subtraído da vitima
 Assim como a Zaqueu todos os cristãos é proposta uma assistência espiritual e pastoral personalizada.

A forma como esta assistência é dada segue o exemplo de Jesus. Por exemplo, Ele visitava com frequência Maria, Marta e Lázaro em Betânia. Isso criou uma relação especial de confiança entre eles: "Ora Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro" (Jo 11,5). A visita de Jesus na casa de Zaqueu, em Jericó, também foi caracterizada pelo amor que serve e ajuda: "E, quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa; porque hoje me convém pousar em tua casa" (Lc 19,5). Esta visita foi deveras abençoadora: “E disse-lhe Jesus: hoje veio a salvação a esta casa”   (Lc 19.9). Daquilo que nos é relatado de Jesus na Escritura deduziu o sentido e o objetivo das atuais visitas pastorais. Cada membro da comunidade tem à sua disposição um sacerdote responsável pela sua assistência pastoral pessoal, sendo também ele o responsável pelas respetivas visitas. Regra geral, ele tem um diácono que o apoia nessa função.

Ao dar assistência aos irmãos e irmãs de fé, o principal intuito consiste em aprofundar o amor a Deus e à Sua obra, promover a vida de fé e aumentar os conhecimentos sobre a atuação salvífica de Deus. Em grande parte, isso é feito através do diálogo sobre questões de fé. Os crentes recebem uma dedicação especial em todas as situações da sua vida, visto que os ministros os acompanham em todas as suas preocupações e questões, através das visitas pastorais. Desta forma, a relação de confiança entre o assistente pastoral e o crente vai-se fortalecendo cada vez mais. Até que ponto os irmãos e irmãs de fé seguem ou não os conselhos que lhes são dados depende da sua decisão.

A responsabilidade que cabe a cada indivíduo é respeitada e promovida. Como é óbvio, as visitas pastorais nunca se realizam contra a vontade dos irmãos e irmãs de fé. Um elemento importante de qualquer visita pastoral é a oração em conjunto. Para além dessa oração conjunta, nas suas orações pessoais, o assistente pastoral também intercede pelos irmãos e irmãs de fé. Aqueles irmãos e irmãs que se encontram em grande aflição ou situações de luto são alvo de um acompanhamento mais intenso. Em caso de doença, que represente uma situação de grande aflição física e psíquica, o cristão evangelista da fé apostólico será assistido por visitas especiais, seja em casa ou seja no hospital. O ministro responsável visita doentes e exprime a sua compaixão em virtude do estado em que estes se encontram.

Fortifica-os na fé, dá-lhes consolação e integra as suas preocupações na sua oração. Se for possível, também celebra a Santa Ceia com os doentes. Da mesma forma também se visitam regularmente os irmãos e irmãs de fé idosos/idosas e portadores de deficiência, que já não consigam frequentar o serviço divino. Muitas vezes, os crentes que não possam ser visitados, ou apenas com restrições, por exemplo, bombeiros, soldados ou prisioneiros, recebem a assistência pastoral por carta. Especialmente numa sociedade cada vez mais caracterizada pela solidão, pelo isolamento e pela marginalização de muitas pessoas, o cristão da fé apostólica beneficia de cuidados especiais e de acompanhamento por parte dos seus assistentes pastorais.

Originalmente, o mandamento de não roubar visava condenar, acima de tudo, o raptor. A intenção era proteger o homem livre de ser furtado, vendido ou mantido em cativeiro. Em Israel, o rapto — contrariamente aos delitos de furto material, que podiam ser compensados por indemnização monetária ou material — era castigado com a pena de morte: “E quem furtar algum homem, e o vender, ou for achado na sua mão, certamente morrerá” (Ex 21,16). Ou seja, tratava-se de um delito que era sancionado com a mais severa de todas as penas possíveis. Além disso, também o furto de propriedade alheia era punível; a lei mosaica exigia uma indemnização do objeto do furto. Regra geral era exigida uma indemnização correspondente ao dobro do valor furtado, em casos graves até podia ser quatro ou cinco vezes o valor furtado (cf. Ex 21,37*; 22,3.6.8).


 Indicações referentes a Jesus Cristo no Antigo Testamento. Já fornece indicações que remetem para o Messias, o Salvador e Redentor que há-de vir. Na maldição lançada sobre a serpente, logo após a queda do Homem, já se encontra uma indicação que remete para um Redentor que há-de vir (Gn 3,15). O autor da Epístola Aos Hebreus reconhece nos atos do rei-sacerdote Melquisedeque, que leva pão e vinho a Abraão e o abençoa (Gn 14.17-20; Heb 7), uma indicação que remete para Jesus Cristo.Deus, o Filho, acompanhou o povo de Israel ao longo da História. O apóstolo Paulo dá, expressamente, testemunho da presença de Cristo durante a peregrinação pelo deserto: “[...] nossos pais [...] beberam todos de uma mesma bebida espiritual; porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo” (1Cor 10.1-4). Os profetas do Velho Testamento anteveem pormenores concretos relacionados com a aparição do Redentor: Isaías descreveu-o com nomes que sublinham a Sua imparidade: “Porquanto um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado; tem a soberania sobre os seus ombros, e o seu nome é: Conselheiro-Admirável, Deus herói, Pai-Eterno, Príncipe da Paz” (Is 9.5). Miqueias anunciou o local de nascimento do Senhor: “E tu, Beth-leém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5.2). - Malaquias profetizou a vinda de um anjo que prepararia o caminho para o Filho de Deus: “Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante de mim; e, de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o anjo do concerto, a quem vós desejais; eis que vem, diz o Senhor dos exércitos” (Ml 3.1). Este anjo que havia de preparar o caminho é João Batista (Mt 11.10). - Zacarias descreveu a entrada do Senhor em Jerusalém: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre, e montado sobre um jumento, sobre um asninho, filho de jumenta” (Zc 9.9).Desta forma, a encarnação do Filho de Deus, bem como o Seu caminho sobre a Terra, foram profetizados no Antigo Testamento. 

FONTE: Bíblia da Difusora Bíblica. Edição e copyright 

sexta-feira, 1 de março de 2019

O QUE ABORDA O CULTO CRISTÃO NA BÍBLIA

 CORÍNTIOS 11-14

                  
A poucos dias eu preparei um texto que o Espirito Santo muito me incomodou, para que eu falasse através da Palavra de Deus, embasado nos ensinos do Seu Filho amado Jesus de Nazaré, do qual eu quero elencar nos capítulos de números onze até quatorze, o que fala o apostolo Paulo sobre o decoro de culto na igreja de Jesus Cristo. E como devemos interpretar as Escrituras Sagradas, através da oração, contemplação, meditação e jejum, prestar atenção as hierarquias que as igrejas criaram e executam através dos seus ministros e oficiais tornando apenas como cumpridores de ordens de homens e não as ordens da Igreja do Senhor.    

Os capítulos 11-14 de I Coríntios abordam de questões referentes ao culto cristão. Visto que existiam problemas em relação a uns aspectos, Paulo escreve no significado de guiar a igreja. Em 11.2-16, ele trata da ação do costume do véu para as mulheres usarem no culto público. Em 11.17-34, da celebração da Santa Ceia do Senhor. No capítulo 12, Paulo fala dos dons espirituais. I Coríntios 13 é um extenso capítulo sobre o amor. Em 14.1-25, ele debate sobre o dom de línguas e profecias durante o culto. E, por fim, em 14.26-40 sobre a ordem e decoro no culto cristão. Existem dois textos que falam mais sobre a atitude da mulher na igreja: 11.2-16 e 14.26-40.

O contexto cultural que obriga entender este texto é o seguinte: as mulheres não tomavam parte nos cultos das sinagogas, ao porque elas tinham ampla atividade nos cultos pagãos, mas sempre associadas a ritos de prostituição cultual. No culto cristão, a mulher fazia parte ativa, tanto quanto o homem porque as congregações eram mistas. Em público, a mulher carecia usar um véu, em consideração a seu marido e à cultura da época. Existe um cuidado social de Paulo para com a figura da mulher, mas o trecho relativo a 1 Co 11.2-11 levanta algumas situações complexas concernentes à situação de Paulo envolvendo a disputa por autoridade. O velamento das mulheres, contudo, não foi somente uma questão de falta de decoro ou oriunda dos fatos de alguns membros da comunidade de Coríntios se sentirem constrangida pela atuação das mulheres, mas o próprio ato de profetizar era visto como uma experiência direta com o divino, o que concedia autoridade a quem o fizesse (SILVA, 2013, p. 16).
        
 O texto de 11.2-16, Paulo dar início falando que os louva bem como eles nutrem as tradições conforme ele as deu. Combina recomendar que, naquele período, eles não exibiam ainda o Novo Testamento, que permanecia em desenvolvimento. O ensino das tradições compreendia os costumes éticos e sociais incididas do próprio Evangelho. No v. 3, ele diz: “quero, porém, que saibais que Cristo é a cabeça de todo homem, o homem a cabeça da mulher e Deus a cabeça de Cristo”. A palavra “kephale,” cabeça é interpretada em dois sentidos: a de “autoridade, liderança” ou como “fonte”. Liefeld (1996, p. 161), aborda destes dois sentidos possíveis diz que os tradicionalistas tendem a presumir que cabeça sempre quer dizer “governo” ou “autoridade”, e interpretam Efésios 5.22-23, a respeito de esposas e maridos e 1 Coríntios 11.2-16, a respeito da cobertura da cabeça. Outros eruditos têm demonstrado que cabeça é termo empregado para significar “fonte”. Embora os eruditos estejam tratando das mesmas evidências, a diferença na seleção e avaliação delas levam-nos a soluções fortemente conflitantes. Um estudo que selecionou certo número de usos da palavra “cabeça”, em sentido figurado, num total de 2.000 ocorrências, de início pareceu apoiar os significados de “governo” e “chefia”, mas a metodologia usada tem sido fortemente criticada. [...] No contexto mais amplo de Efésios kephalf significa tanto “governo” (1.22) como “fonte” (1.15-16).
Ainda que o significado de “cabeça” seja a de domínio deve-se notar que ela é funcional, pois Deus sendo o cabeça de Cristo não indica superioridade ontológica. Ainda sobre o significado do termo “cabeça”, Mickelsen (1996, p. 235) afirma que o dicionário mais abrangente da língua grega daquele período de que dispomos hoje, em inglês, é o compilado por Liddell, Scott, Jones e McKenzie, cobre a língua grega clássica e o coiné (Koiné), de 1.000 a.C. até cerca de 600 d.C. – portanto, um período de quase mil e seiscentos anos, incluindo a Septuaginta (tradução grega do Antigo Testamento). O dicionário relaciona cerca de vinte e cinco possíveis significados figurados para kephale (“cabeça”) os quais eram usados na literatura grega antiga. Entre estes significados estão: “topo”, “beirada”, “ápice”, “origem”, “fonte”, “boca”, “ponto inicial”, “coroa”, “término”, “consumação”, “soma” e “total”. Essa lista não inclui nosso emprego comum em inglês com o sentido de “que tem autoridade sobre”, “líder”, “diretor”, “graduação superior” e outros sentidos semelhantes. (grifo do autor).
Nos v. 4-6, Paulo aconselha que todo homem que orar ou profetizar, que o faça com a cabeça descoberta, caso adverso envergonharia a si próprio. Este é uma maneira cultural da época. Acerca das mulheres, Paulo diz que toda mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta desonra a si própria, pois
 os dias de Paulo, mulher sem véu, com cabelos soltos ou curtos, era considerada infame. O uso do véu perpassava várias culturas, entre elas a judaica e a greco-romana, que dominavam o ambiente à época. Por isto, as honradas deviam ter o cabelo longo, preso e bem penteado. O cabelo solto era visto como um estímulo erótico, por isso, usá-lo solto em público era um ultraje ao pudor, pois era considerada uma parte privada do corpo, que só o esposo podia olhar [...] é provável que as mulheres-profetas achassem que podiam desempenhar seu papel na liturgia com a cabeça descoberta, pois a casa, lugar onde também se celebrava o culto cristão, não era um lugar público (FOULKES apud MATOS, 2004, p. 91-92).
Analisar que as mulheres faziam uso o livre-arbítrio de orar e profetizar no culto cristão (v. 5), todavia que deveriam fazê-los segundo os costumes sociais de sua época. No v. 7, Paulo diz: “pois o homem, na verdade, não deve cobrir a cabeça, pois é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem”. É um comprometimento do ser humano não baralhar os papéis culturais de homem/mulher. Não necessita ter nem conflito nem mudança. Paulo ver neste modo de cultura de cobrir ou não a cabeça uma forma boa e verdadeira de expressar um fato bíblico da criação: Deus criou o homem e deste fez a mulher. É esta verdade que ele enfatiza-nos v. 8-10. Paulo acha adequada a atitude cultural na qual a mulher evidencia “submissão” tanto a seu marido como aos homens em geral ao aceitar o princípio de divisão masculino/feminino incluso na sociedade patriarcal na qual viviam. No entanto, esta “submissão” não evita que a mulher ore e profetize no culto público, que são sinais de autoridade.
 Nos v. 2-10, Paulo está discorrendo da necessidade de se seguir as tradições culturais para que não exista vergonha no culto cristão. Entretanto, nos v. 11 e 12, ele dá uma virada no texto: “todavia, no Senhor, nem a mulher é livre do homem, nem o homem livre da mulher, pois assim como a mulher veio do homem, assim também o homem nasce da mulher, mas tudo vem de Deus”. Paulo estava comentando da cultura, mas agora ele começa proferindo: “todavia, no Senhor”, o que indica que ele fala da nova ordem criada em Cristo liberta das amarras culturais de cada povo. Nesta nova ordem, homens e mulheres são iguais: um não vive sem o outro; homem e mulher se concluem e por isso devem viver juntos em unidade. Na criação, a mulher é gerada de uma costela e tirada para fora do homem, mas no nascimento, é o homem que é tirado para fora da mulher. Isto restaura o equilíbrio e a unidade. Então ele diz: “mas tudo vem de Deus”. Tanto o homem como a mulher foram criada com sexualidades diferentes por Deus e este convívio de interdependência e igualdade é o desejo e a proposta dele para a Igreja.
Nos v. 13-16, Paulo contorna ao dia-a-dia e diz que há tradições na sociedade dos coríntios acerca do que é decoroso e honesto na inclusão homem/mulher e que a igreja cristã precisa se submeter a fim de não molestar a sua boa presença na comunidade. A abertura que Paulo segue está bem especificada em I Coríntios 10.32-33: “não vos torneis causa de tropeço nem a judeus, nem a gregos, nem a igreja de Deus; assim como também eu em tudo procuro agradar a todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos, para que sejam salvos”. Têm algumas conclusões acerca do texto do “véu das mulheres” (I Coríntios 11.2-16). A primeira é que há uma forma de envolvimento homem/mulher definida pela sociedade em que toda igreja cristã se encontra. Esta forma de envolvimento define os papéis culturais de masculino e feminino dentro da sociedade. O alvo da sociedade e, convergentemente, de Paulo, é que estes papéis não sejam misturados, mas permaneçam distintos. Onde estes papéis são deliberadamente confrontados não pode ter oração, profecia ou mesmo culto público que comunique a mensagem do evangelho para a sociedade. Daí a ordem paulina de cobertura da cabeça com o véu para a mulher no culto e da não cobertura para o homem. A segunda conclusão é que, paradoxalmente, no Senhor, sem os costumes específicos das sociedades, o relacionamento homem/mulher é de igualdade e complementariedade. As mulheres podem orar e profetizar do mesmo feitio que os homens e têm parte ativa nos cultos tanto quanto os homens. Eles são iguais na criação e na redenção. Esta é a nova sociedade que está sendo formada por Deus.
 No capítulo 12, Paulo fala dos dons espirituais. Dentre os vários exemplos que o apóstolo dá, é destacado o v. 11: “mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas distribuindo particularmente a cada um como quer”. Ou seja, na repartição dos dons, o Espírito é quem decide que dom dará a cada um. A determinação é dele e não humana. Não tem, no texto, qualquer menção de que ele restrinja dons pelo ao sexo da pessoa. Apóstolo Paulo refere o dom de profecia (v. 10) e já tinha dito que mulheres profetizavam (11.5). No v. 25, ele diz que a separação dos dons é “para que não tenha separação no corpo, mas que os membros tenham igual cuidado uns dos outros”. A igreja era composta de homens e mulheres. O que ele quer falar é com “igual cuidado uns dos outros”? Não imaginava ele em uma igreja de iguais ao invés de uma igreja hierarquizada aonde a mulher chegasse sempre ocupa um lugar subalterno? O v. 27 diz: “ora, vós sois o corpo de Cristo, e individualmente seus membros”. Na Bíblia o Evangelho e a visão paulina, a igualdade entre homens e mulheres na igreja é superior a qualquer hierarquização apresentada pelos costumes sociais.
  No capítulo 13 No capítulo 14.1-25, como em todas as igrejas dos santos, as mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também ordena a lei. E, se querem aprender alguma coisa, perguntem em casa a seus próprios maridos; porque é indecoroso para a mulher o falar na igreja.
 Existem três ordens dadas nos versículos, todas apontadas às mulheres: “silenciai”, “subordinem-se” (voz reflexiva) e “perguntai”. Numa primeira leitura, Paulo ordena que, nos cultos públicos, a mulher permaneça em silêncio e não fale nada. O aprendizado delas, quando tivesse dúvidas, seria em casa perguntando a seus maridos. Como interpretar este texto, se nos textos anteriores de I Coríntios 11-14, ele deu direito de liberdade às mulheres de orar e profetizar em público e de participar ativamente no culto? Segundo Mickelsen (1996; 242-243) há pelo menos duas possibilidades.
 É possível que Paulo esteja dizendo às esposas que parem de interromper o culto ao fazer perguntas a seus maridos, querendo saber o significado de tudo. Antes, deveriam perguntar-lhes em casa. Talvez Paulo estivesse fazendo menção a ensinos falsos dos judaizantes, que desejavam que as mulheres ficassem em silêncio na igreja, como tinham de ficar na sinagoga. [...] Usualmente, quando Paulo fala “da lei”, refere-se ao Antigo Testamento. Todavia, não existe uma passagem no Antigo Testamento que digam que as mulheres devem estar subordinadas ou que não podem falar em público. Então a que lei se refere esta passagem? Pode se referir a uma das numerosas leis locais, que proibia às mulheres falar em reuniões públicas. Ou pode referir-se à interpretação rabínica do Antigo Testamento. Se esta passagem for uma citação dos judaizantes, é provável que se refira a uma interpretação rabínica. Há outras possibilidades, ainda, mas ninguém pode dogmatizar com autoridade, sobre o sentido exato desses versículos, porque não conhecemos a situação sociocultural exata. Paulo o sabia, os coríntios o sabiam. Nós não o sabemos. [...] Visto que esses dois versículos parecem contradizer o que Paulo dissera anteriormente nesta carta, bem como o próprio costume de Paulo, concernente a Priscila e suas outras “colaboradoras” (“meus cooperadores em Cristo Jesus”), não ousamos usá-los com o objetivo de anular tudo o mais que Paulo escreveu e praticou.
Outra estudiosa, Foh (1996, p. 101-102) assim se exprime sobre este texto

o verbo usado junto com “silêncio” nesta passagem tem a conotação de ausência de fala. Então seria absoluto o silêncio exigido das mulheres? Se isso for verdade, as mulheres não poderiam cantar participar de jograis, de leituras responsivas, orar em voz alta, nem mesmo pronunciar a oração dominical. Se assim for, tudo quanto foi dito antes, que envolve falar em línguas, profetizar e compartilhar verbalmente na igreja, não diz respeito à mulher e deveria ter um carimbo: “só para homens”. A expressão “vós todos” de 14.5 deveria excluir as mulheres. [...] Além disso, Paulo emprega o termo “conservem-se as mulheres caladas” em 1 Coríntios 14, mas não sugere um silêncio absoluto, pois o contexto define que tipo de silêncio o apóstolo tem em vista. “Mas, não havendo intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus” (1 Co 14.28), e, “se, porém, vier revelação a outrem que esteja assentado, cale-se o primeiro” (1 Co 14:30). Em nenhum dos casos, presume-se que o silêncio deva ser absoluto; a pessoa que tiver o dom de falar em línguas pode certamente participar de cânticos, de orações e assim por diante, ainda que esse crente não possa falar em línguas sem que haja intérprete. [...] O apelo de Paulo à lei em geral é sentido como um golpe tremendo para manter as mulheres sob controle. Mas há outra maneira de ver a questão. A lei pode ser vista como um limite. A mulher não precisa submeter-se naquilo que a lei não exige; a mulher só deve submeter-se segundo as exigências da lei. O Antigo Testamento permitia que a mulher profetizasse; portanto, 1 Co 14.34 não proíbe às mulheres o dom de profetizar. O que a lei exige é a submissão, e não o silêncio. O mandamento no v. 34 pode ser traduzido assim: “mas devem submeter-se”. “Esteja subordinada” ou “fique sujeita” são formas passivas que ressoam uma nota de servilismo. Mas o verbo grego é reflexivo. Trata-se de um ato que a própria pessoa executa por si mesma, ou de si mesma. A mulher, sendo ontologicamente igual ao homem, de vontade própria submete-se em reconhecimento de sua posição de mulher. O v. 35 também define o sentido de silêncio, ou de deixar de falar, que Paulo tem em mente. Falar seria entendido então como fazer perguntas. O diálogo, com perguntas e respostas, era a forma comum de estudo acadêmico do primeiro século. Não se permitia à mulher que levantasse perguntas em diálogo, porque esta era uma forma de ensino.

Fonte: O autor é Bel. em Teologia e Mestrado em Teologia Livre, 

sábado, 23 de fevereiro de 2019

ORDENAÇÃO PASTORAL DE MULHERES AO MINISTÉRIO FEMININO

 GÁLATAS 3.26-29

São muitos ministérios contra ordenação de mulheres como pastora, cargos estes que somente são oferecidos aos homens por que? Vejam o que disse o apostolo Paulo.

 Paulo escreveu carta aos gálatas com a finalidade de instruir que a salvação é somente pela fé em Jesus Cristo. Oradores judaizantes ficavam doutrinando que, além da fé em Jesus, era indispensável também a submissão da lei de Moisés. A alegação de Paulo do seu evangelho é enérgica. No capítulo 3, ele expõe que a promessa foi dada a Abraão, pois ele creu em Deus (v. 6) e os que são da fé em Jesus, esses são filhos de Abraão (v. 7). Isto só tornou-se admissível porque Cristo nos resgatou da maldição da lei ao morrer no madeiro, segundo determinação da lei (v. 13,14). Pela fé, os gentios recebem a Cristo e a promessa do Espírito. Quem deu a lei foi Deus para servir como um aio, protetor, até que a advento de Jesus pudesse levar os homens a acreditar nele. Neste contexto, ele desenvolve o texto de 3.26-29.

 Nos v 26,27, ele diz: “pois todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo, vos revestistes de Cristo” (Versão Revisada, Imprensa Bíblica Brasileira, em todo o trabalho). Através da fé, todos são filhos de Deus. A palavra “todos” não deixa dúvida de que qualquer pessoa, livre de qualquer condição humana, pode ser salva e deleitar-se deste privilégio. O batismo o simboliza o sinal da nova situação e sugere que juntos se vestiram de Cristo, ou seja, são novas criaturas afeiçoar-se segundo seu Senhor. A fé em Cristo produziu um novo modo de ser e viver, embora permaneçam habitando na velha era. A doutrina da salvação pela fé não ficava reservada ao campo doutrinário, metafísico, mas acontecia a fazer parte da vida prática, do dia a dia, pois “se alguém está em Cristo, nova criatura é” (2 Coríntios 5.17).

  No v 28, há a declaração de Paulo dizendo que: “não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus”. Paulo põe alguns pares divididos por raça, meio social e natureza. O primeiro par indica a isolamento racial que existiu em toda a história do povo de Israel de se considerar o “povo eleito” e, desta forma, distinguir de todos os outros povos. Na fé em Cristo, não há mais raça (nacionalidade) escolhida. O principal par é formado pelas normas da sociedade: escravos e livres. Esta separação social nada constitui na fé. Para o seu tempo, esta era um conceito revolucionário já que a prática da escravidão estava arraigada em todo o mundo antigo. 

“O terceiro par deriva da natureza: “macho” e fêmeo”, palavras que se assinalam por definir a sexualidade de cada indivíduo humano. Homens e mulheres ocupam o mesmo patamar na presença de Cristo. Não há mudança humana e exterioriza na existência destas pessoas: o homem continua sendo homem, novamente a mulher, o escravo continua sendo escravo. Tudo permanece sendo absolutamente igual na sociedade. Isto faz objeto da teologia paradoxal de Paulo do “já” e do “ainda não” em analogia à salvação operada por Cristo que se nascia numa era atual e na era futura simultaneamente. Porém, no que envolve a fé em Cristo, e isto envolve a Igreja, estas distinções humanas se rompem e estas pessoas são completamente niveladas em Cristo. Todas elas tornam-se um em Cristo. Ou seja, não somente são niveladas como igualmente são unidas a ponto de serem um só povo na pessoa de Cristo. A unidade da humanidade é conseguida e vivenciada em Cristo.

 Ainda em relação ao v. 28, Lopes (2015, p. 5-7) não vê neste texto a eliminação da submissão feminina e de coincidência de funções no ministério pastoral. O assunto tem quatro oposições ao emprego deste texto para o ministério pastoral feminino. A primeira oposição diz importância ao objetivo do texto que é tratar da maneira perante de Deus porque cremos em Cristo e não dos cargos que homens e mulheres cumprem na Igreja. A segunda é que Paulo aprofunda a submissão feminina, não na queda, mas na competente criação. A terceira oposição diz respeito à palavra “um” no texto que constitui unidade de todos em Cristo e não identidade de funções. 

A quarta oposição é que Cristo não aboliu, na presente era, os efeitos do pecado e as punições quando pecaram. A primeira e a terceira oposições são textuais. De fato, o texto fala da nossa posição em Cristo que a gente foi recebedora mediante nossa fé nele. O assunto é se esta nova posição não traz insinuações de caráter prático para a afinidade homem-mulher. Se, em Cristo, não existe homem nem mulher, significará que, em Cristo, a mulher permanece submissa ao homem? Será que, em Cristo, o escravo segue subordinado ao livre? Ou o grego ao judeu? Paulo está difundindo uma abertura nova decorrente da atitude que os crentes têm em Cristo, a qual signifique esta nova posição aboliu com as diferenças e os igualou. 

A aplicação disto nas diversas sociedades se dará segundo as culturas de cada uma delas, mas o princípio está oferecido e afetará a questão do ministério pastoral feminino nas culturas onde isto couber. Não podem o viver numa condição de eras passadas quando a instituição terrena da igreja romana que ordena Padre e não a mulher no seu sacerdócio será que queremos representar em alguns ministérios o mesmo feito eklesio de não formação pastoral feminino. Em relação à unidade, segue-se o mesmo pensamento, pois não pode existir unidade com sujeição entre as pessoas envolvidas. A segunda e a quarta oposições não são textuais. 

O conceito de que a submissão da mulher ao homem principiou no Éden ou na queda é muito controvertida na teologia e não existe pensamento único acerca desta questão entre os teólogos que creem na concepção das Escrituras. Se, de fato, Cristo não revogou, na atual era, os resultados do pecado, também é certo que ele iniciou uma nova era cujas intenções podem, dentro das possibilidades culturais, ser havidos nesta era presente. Se a cultura aceita à Igreja vivenciar na prática o “nem homem nem mulher em Cristo” nesta era, por que não se conviveria?

  No v. 29, se as pessoas são de Cristo, imediatamente é a semente prometida por Deus a Abraão e sucessores de todas as bênçãos deste juramento. Não existe distinção nestas regalias entre uns e outros, entre homens e mulheres.
   O escrito de Gálatas 3.26-29, por ser doutrinário e apresentar princípios referentes à salvação em Jesus Cristo é um escrito que deve conduzir outros escritos que recomendem aparentes contradições com este ou provem fatos locais e culturais, pois:
 Esta é uma passagem crucial que tende a citar como a que governa a interpretação de todos os demais textos relevantes, ou ao contrário, a ser minimizada quanto às suas implicações. [...] Gálatas 3:28 deve ser visto como um contraste com o status inferior geralmente dado às mulheres nos dias de Paulo. 

É uma afirmação dramática que não deve ser desprezada, nem diluída com o objetivo de manter uma posição restritiva. Gálatas 3.28 aplicam-se a relacionamentos sociais dentro da igreja, e não meramente ao âmbito espiritual da soteriologia. Ao mesmo tempo, não significa que todas as distinções estão eliminadas. Nem uma declaração positiva como Gálatas 3.28, nem uma restritiva, como I Timóteo 2.12, devem ser consideradas à parte da revelação bíblica total sobre o assunto (LIEFELD, 1996, p. 166,168).
Mickelsen (1996, p. 250), acompanhando nesta própria linha de pensamento, escreve que

 erudito do Novo Testamento, F. F. Bruce declarou em seu comentário de Gálatas 3.28: “Paulo estabelece aqui o princípio básico: se as restrições sobre esta questão se encontrarem noutras passagens das cartas paulinas. 

Fonte: Valdeci Fidelis é autor do texto,  este como parte de sua tese (TCC), ênfase "A Mulher Pode Ser Pastora," em seu Mestrado em Teologia pela Faculdade Teologica Nacional. Obteve nota 9,7

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

AS PROMESSAS DE JESUS

                   UMA SÍNTESE DA DOUTRINA AOS CRISTÃOS

Jesus Cristo prometeu aos Seus apóstolos que receberiam, através do Espírito Santo, mais conhecimentos sobre a natureza de Deus e o Seu plano de salvação. O Espírito Santo oferece ao apostolado novos reconhecimentos, sobre a atuação de Deus e o Seu plano de salvação, que são referidos subtilmente na Escritura Sagrada. A fé como resposta do homem às manifestações divinas a fé, ou o crer, faz parte das condições fundamentais da vida humana. Em primeiro plano, não se trata de uma determinada doutrina, ou de um determinado mundo de imaginação, mas antes de uma convicção mais ou menos fundamentada, uma suposição, que se distingue dos conhecimentos comprováveis.

                                          No seu sentido não religioso, a crença também determina a postura subjetiva de confiar em alguém. Qualquer ser humano crê, independentemente do fato de professar ou não uma determinada doutrina religiosa. Na organização da sua vida, ele deixa-se guiar, quase integralmente, por aquilo que crê. Desse ponto de vista, a crença pessoal do Homem também forma a sua personalidade. A crença religiosa evidencia-se pelo fato de o Homem acreditar numa divindade ou num princípio divino.

                                                    O fundamento e o conteúdo da fé cristã é o Deus Trino. A fé em Deus como Pai, Filho e Espírito Santo tornou-se aberto ao homem pelo meio de Jesus Cristo. Em Hebreus 11, vamos achar afirmações fundamentais sobre a fé: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem” (versículo 1). A fé é confirmada como sendo indispensável para se puder estar perto de Deus: “Ora, sem fé, é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (versículo 6). Entretanto continua a ser um ato da graça de Deus, quando o homem o consegue achar através da fé.
                                       
                                       O crente deve reconhecer a fé como dádiva e realizá-la na sua vida Fé em Deus Pai a Bíblia prova que Deus se manifestou em todas as épocas e das mais variadas formas, através das quais Deus se torna inteligível ao homem, são em primeiro lugar, as obras da criação (Rm 1.18-20), exemplo nos Salmos; os crentes louvam essas obras, Deus ainda se manifesta ao homem através da sua palavra e interfere com toda a sua pujança na vida do ser humano. Deus exortou Abraão, para deixar a terra do seu pai. Ele obedeceu a Deus e seguiu a orientação d'Ele com uma confiança absoluta (Gn 12.1-4). Assim, confirmou que cria em Deus, sempre que Deus se manifesta, Ele exorta o homem a ter fé: a única forma de o homem responder adequadamente à abordagem de Deus consiste em crer, quer dizer, em acender à manifestação e em aceitá-la.

                                         Ademais, o crente conecta voluntária e incondicionalmente a Deus e esforça-se por conduzir a sua vida em dependência a Ele na antiga Aliança era a fé em Deus, o Criador, o Sustentador e o Libertador, que também já se manifestava como Pai pode ler sobre isso no livro do profeta Isaías: “Atenta, desde os céus, e olha, desde a tua santa e gloriosa habitação. [...] Mas tu és nosso Pai” (Is 63.15.16; Dt 32.6). 1.4.2 fé em Deus, o Filho com a encarnação de Deus, o Filho, cumpriram-se as promessas veterotestamentárias que assinalavam para a vinda do Messias. Jesus Cristo exorta: “Credes em Deus, crede, também, em mim” (Jo 14.1). Assim, ordenar a fé em Deus, que se manifesta no seu Filho, e não apenas a fé em Deus como o Criador onipotente do céu e da Terra, que fez uma aliança com o povo de Israel.

                                                A fé que agora se exige exclui a seguimento das palavras de Jesus Cristo (Jo 8.51; 14.23). Na Antiga Aliança, "Deus, o Pai" explicava que Deus cuidava do seu povo, através de Jesus Cristo torna-se evidente: Deus é Pai do Filho unigênito desde toda a eternidade. Através da regeneração pela água e pelo espírito, isto é, pela recepção do Santo Batismo com Água e do Santo Selamento, Jesus Cristo dá ao homem acesso a filiação divina e a probabilidade do alcance dos direitos de primogenitura, ambos dons não são fundamentados na descendência de Abraão, antes na fé no Redentor e na receção de todos os sacramentos (Rm 3.22-30; Ef 2.11-18).

                                           A obtenção dos direitos de primogenitura exprime-se diretamente no arrebatamento para junto do Senhor aquando da Sua revinda. A primícia recebe, para toda a eternidade, o direito à comunhão direta com Deus. Fé em Deus, o Espírito Santo Já no Antigo Testamento existem provas da atuação do Espírito Santo: reis e profetas eram dirigidos pelo Espírito Santo (Sl 51.11; Ez 11.5 e outros). Segundo as palavras do Senhor, a atuação neotestamentária do Espírito Santo é uma manifestação divina (Jo 14.16,17, 26).
                                               Também aqui, a única forma de o Homem responder adequadamente é com a fé: a fé no Espírito, que atualmente conduz em toda a verdade e manifesta a vontade de Deus. Fé e prédica Jesus Cristo mostrou que a fé n'Ele e no Seu Evangelho é despertada pela recessão da palavra dos enviados, dos Seus apóstolos: «Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. “E não rogo somente por estes, mas, também, por aqueles que, pela sua palavra, hão-de crer em mim” (Jo 17.18-20). A pregação do Evangelho gera a fé: “Portanto, a fé surge da pregação, e a pregação surge pela palavra de Cristo” (Rm 10.17).
                                           O Ressuscitado incumbiu os Seus apóstolos de pregar o Evangelho no mundo inteiro e de guardar a Sua palavra (Mt 28.19-20). No que concerne à bem-aventurança, à salvação futura, é um requisito fundamental aceitar a prédica Evangélica.

Evangelho com fé; algo que encontramos no texto bíblico, em Mc 16.16 “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”. 
Fonte Pesquisa e condensação 
 Livro Igreja Nova Apóstolica.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

COMO TORNAR-SE UM PASTOR



O Que a Bíblia Diz?

Como alguém pode tornar-se um pastor?

Os discípulos de Jesus freqüentemente discutiam sobre quem seria o maior no reino. Muitas vezes Jesus ensinou-lhes que o povo do seu reino não está em busca de posição, "status" e honra. Ele ensinou que o maior é aquele que se humilha (note Mateus 18:1-4; 20:20-28; Marcos 9:33-37; João 13:1-20). Jesus advertiu contra o uso de títulos especiais e o desejo de lugares especiais (Mateus 23:5-12). Não há hierarquia entre os verdadeiros filhos de Deus, mas simplesmente várias maneiras de servir.

No Novo Testamento, homens eram indicados como pastores em cada igreja, depois que ela tivesse tido tempo suficiente para desenvolver homens que satisfizessem as qualificações (Atos 14:23; Tito 1:5-9; 1 Timóteo 3:1-7). Esses homens eram também chamados bispos e anciãos. Nenhuma destas palavras era para ser título para elevar esses homens a uma posição de glória especial, mas simplesmente para descrever o trabalho que lhes competia. 

 Pastores têm que cuidar do crescimento e desenvolvimento espiritual do rebanho do Senhor (observe Atos 20:28; 1 Pedro 5:2-3). Em 1 Pedro 5, a advertência é feita sobre o perigo de pastores se tornarem ditadores sobre o rebanho. Deus não queria que as igrejas imitassem as pirâmides da organização das empresas e dos governos (Marcos 10:35-45).

As qualificações para os pastores dadas na Bíblia (Tito 1:5-7; 1 Timóteo 3:1-7) mostram que eles têm que ser casados e ter filhos que servem ao Senhor. Eles têm que ser homens espirituais, devotos, honestos, que conhecem e podem ensinar a palavra de Deus. É interessante notar que entre essas qualificações do pastor não há menção a preparação em seminários, habilidade para negócios ou ordenação por alguma organização religiosa. Em vez disso, estas exigências pedem homens humildes, justos, que possam guiar outros cristãos a crescerem para serem mais como Cristo.

Mesmo quando homens qualificados de acordo com as Escrituras são escolhidos e servem bem como pastores, temos que nos lembrar de dar a Deus o crédito pelo crescimento (1 Coríntios 3:4-8). Pastores são simplesmente servos.
-por Gary Fisher

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

COMO UNGIR SUA CASA

COMO UNGIR SUA CASA


Êxodo 40:09 - "Unja com óleo da unção o tabernáculo e tudo o que nele há; consagre-o, e com ele tudo o que lhe pertence, e ele será sagrado.
Ungir os ambientes, dizendo em voz alta os passos a baixos:

Passo 1 - "Em nome de Jesus, tomo autoridade sobre toda maldição lançada contra mim, meu cônjuge, minha família, nosso casamento, nossos filhos, nossos animais, nossa casa e tudo o que temos. Ordeno que todas as maldições sejam quebradas agora em nome de Jesus."

Passo 2 - "Em nome de Jesus, tomo autoridade sobre todo e qualquer espírito maligno presente nessa casa. Ordeno a todos eles que saiam agora por esta porta, que vão embora da minha propriedade e que não toquem em nada enquanto saem, em nome de Jesus."

Passo 3 - "Unja a última porta e ore pedindo ao senhor para purificar e selar sua casa, além de proteger você por completo de qualquer mal provenientes do mundo espiritual.

Atenção!Se você tem um computador conectado á internet, então precisa ungir o fio que liga seu computador á rede, pedindo ao Senhor para selá-lo, além disso certifique-se de ungir todos os espelhos e não se esqueça de ungir os fios que ligam o seu aparelho de telefone á tomada.


Depois, o Senhor me mostrou que eu devia fazer a mesma coisa no terreno da minha casa. Para isso, coloquei o óleo em um borrifador. Ao andar pelos limites da minha propriedade, eu borrifava o óleo no chão, declarando que aquela propriedade pertencia a Deus e pedindo a Ele que tomasse posse dela e selasse e protegesse. Antes de fechar o perímetro com o óleo, quebrei toda a maldição sobre a propriedade e ordenei que todos os demônios fossem embora em nome de Jesus. Então fechei o perímetro com óleo, em oração, e pedi a Deus que selasse a propriedade contra qualquer invasão demoníaca. Isso é algo que também traz muita paz e proteção. Você também pode fazer isso no  local em que trabalha, amarrando por completo todos os demônios nas pessoas que adentrarem seu espaço, isso não apenas o protegerá, mas também mudará a atitude das pessoas que se aproximarem de você.
ATENÇÃO: Você pode encontrar textos de alguns pregadores, orientadores, pesquisadores, estudiosos que digam que ungir somente deve ser feito ao corpo humano, ou melhor aquilo que tem alma e espirito, e que o s seres inanimados não devemos fazer este ato da unção com o óleo, o que eleva e conta é sua fé e espiritualidade em Cristo Jesus e na obediência do Espirito Santo que rege em nós.
BOA SORTE

FONTE: TIRADO DO LIVRO GUERRA DE ATAQUE (Rebecca Brown & Daniel Yoder)

domingo, 3 de fevereiro de 2019

UM DEUS MORTO


I João 4.8
"Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor."


Foi com muito pesar e comoção que o mundo acompanhou os acontecimentos de ontem (13/11/2015) em Paris. Diversos atentados terroristas sacudiram a capital francesa, homens bombas explodiram-se a si mesmos, visando causar o maior número de mortes possíveis.
Homens munidos de fuzis, atacaram diversos pontos,entre eles, casas de entretenimento, restaurantes, estádios de futebol e etc. Até o momento, mais de 150 vitimas já foram confirmadas, tudo isso girando em torno do que acreditam ser uma "guerra santa", denominam-se soldados de deus tais combatentes, e me pergunto se por um acaso um deus que se julga tão poderoso precisa de defensores ou soldados?

Não é de hoje que os homens fazem guerras em torno de suas religiões, a história nos mostra isso, sempre foi assim, sempre houve a necessidade insana de fazer prevalecer a "fé" através da espada. Homens rudes, sem afeição por ninguém, sempre mancharam as páginas dos livros de história ou manchetes de jornais com sua sede diabólica por sangue, e sempre divinizaram tal sede, como se fossem os enviados por tal divindade para trazer justiça a causa de sua fé.

Os motivos por tais atentados são os mais diversos, variam desde a morte dos infiéis, charges satíricas de seus ícones, represálias políticas e etc. Ninguém é poupado, não se importam com crianças, não respeitam aos idosos, não aceitam o diálogo, apenas a sede incontrolável pelo sangue derramado move tais pessoas rumo ao objetivo a ser alcançado.

Claro que seria muita hipocrisia atribuir essa sede de sangue somente aos fundamentalistas islâmicos, nós mesmos somos ícones da maldade com nossos semelhantes, e não quero nem vaguear em reflexões sobre o que as grandes potências tem feito com seu poder e influência, quero falar sobre a nossa realidade, o que vivemos no Brasil.

Os atentados ao ser humano também acontecem no Brasil, não são com bombas, não empunham fuzis,mas se denominam soldados de deus.São defensores do que chamam de "família", suas fardas são o terno e a gravata, sua arma para realizar tais atentados é a caneta esferográfica. Com essa arma,assinam decretos, determinam leis, subtraem direitos civis das mais variadas minorias,e espantosamente, carregam livros religiosos nas mãos durante suas reuniões comunitárias. Falam constantemente do amor que seu deus tem por todos, afinal são obrigados a isso, está escrito no livro que carregam. Só que não refletem a imagem desse deus que dizem representar.

Veja a que ponto chegam; dizem amar a comunidade homossexual em nome de seu deus, mas não lutam por políticas públicas que demonstrem esse amor. Nisso, me pergunto: Existe amor sem justiça?

Talvez alguém argumente que lutar por justiça junto a causa homossexual seria antibíblico, que isso é abominável a Deus, que tal prática é pecaminosa e etc. Mas esquecem que o casamento é um sacramento da Igreja e nisso o Estado não pode interferir, não pode determinar quem casa ou não, o Estado existe para garantir os direitos das pessoas no âmbito civil, e a nossa falta de amor, movida por um "Q" de fundamentalismo religioso, nos move a fazermos atentados dignos de terroristas contra os direitos de tais pessoas. Nisso, o conflito persiste, começam a surgirem combatentes extremistas de ambos os lados, está armado o ambiente de ódio Bíblia X Homossexualismo. Os atentados começam a surgir de todos os lados, bancada da Bíblia com sua cura gay, padrões morais ditos cristãos e ativistas homossexuais nus invadindo celebrações religiosas, pichando fachadas de templos e masturbando-se e vias públicas com crucifixos em jornadas religiosas

Citei apenas um único exemplo do que acontece quando o fundamentalismo religioso toma o lugar do que deveria ser a imagem do Deus de amor,poderia citar tantos outros, poderia citar a falta de cumprimento do dever bíblico de cuidarmos dos órfãos e doentes, a inoperância da Igreja em suas comunidades quanto a creches,escolas, visitas, aconselhamentos e etc.

Toda forma de omissão da manifestação do caráter Divino sempre será um atentado contra a vida, e quem sofre com isso sempre será o próximo, pois onde não existe a prática do amor sempre haverá derramamento de sangue, e o fundamentalismo em que vivemos nos dias atuais nos carrega rumo a violência física e psicológica.

O texto Bíblico escrito por João nos remete a reflexão do que é o amor, nos mostra que o amor não pode ser apenas por palavras e convencimento filosófico, tem que ser prático, no dia a dia. A melhor maneira de mostrarmos que amamos é lutando pela vida, por direitos, pela liberdade, pela educação, por melhorias comunitárias, tais lutas mostram qual caráter temos, são elas que farão refletir em nós o caráter de Deus,elas mostrarão que somos conhecedores e conhecidos de Deus,pois em forma de amor, manifestaremos as práticas de Deus.

O Evangelho de Cristo,nosso Deus,nunca precisou de defensores,quem precisa de defensores é um deus morto.O Evangelho da cruz sempre nos convocou a proclama-lo, nunca a defende-lo, a maior prova disso é que as conversões não dependem de nossa oratória ou habilidade teológica, mas sim da atuação do Espírito Santo,somos apenas instrumentos de proclamação das boas novas.

Aqueles homens que ontem causaram tanta dor e morte, obviamente defendiam a um deus morto,os homens de terno e gravata que determinam leis demoníacas, acreditando estarem impondo princípios cristãos, também defendem a um deus morto.Nós, que proclamamos e acreditamos no amor de Deus, temos o dever de fazer com que esse amor seja manifesto por nossas obras, não para defesa de nosso Deus, pois Ele é Eterno e não precisa disso, sua Palavra resistiu a impérios trevosos e nunca sucumbiu, mas sim, por sermos conhecedores e conhecidos de Deus.

Roger Sola Gratia
Membro do Conselho de Pastores do Brasil. Grupo: Mestres - Teologia & Debates

Postado por Valdeci Fidelis às 06:47