terça-feira, 17 de junho de 2014

PALESTRA SOBRE RUTE NO CHÁ DAS MULHERES

CHÁ DAS MULHERES-NA SEDE DO MINISTÉRIO BRASIL NOVO-SEDE 31/05/2014

 Ela foi a pregadora do evento
RAQUEL, EDIFICADORA DA CASA DE ISRAEL Texto base Rute 4.11 

Raquel é também um exemplo de alguém com expectativa de crescer. E ela realmente poderia se encher de esperanças: a escolha de Jacó de trabalhar sete anos para se casar com ela (visto que a amava) representa mais do que sua oração por um marido. Isso lhe chega como uma chamada para edificar algo especial e de valor eterno ? os filhos de Raquel estariam entre os doze homens, que formariam as doze famílias constituintes das doze tribos de Israel. Mas, a espera de Raquel é, acima de tudo, uma espera de melhora, uma vez que a novidade inicial de pastorear um rebanho, de ter conquistado a confiança de seu pai, com o passar dos anos, transformou-se em tédio, em dias de espera por algo novo a acontecer, em que se pode arriscar dizer que Raquel estaria até mesmo insatisfeita. Ela, como muitos de nós, estava à espera de uma grande mudança, que ocorreria somente em sete anos (tornando-se, por isso, quase intolerável), mas, que havia resolvido (também como acontece conosco) esperar pacientemente, com confiança de que um dia essa resposta chegaria. 


No entanto, não foi isso o que aconteceu. Ao final dos sete anos, em que Raquel finalmente se casaria com Jacó, seu pai, em vez de entregá-la a seu noivo, entrega sua irmã Lia em seu lugar(aqui) Gen. 29: 21-24). Quando Jacó descobre que fora enganado, o que (por algum motivo) só veio a acontecer na manhã seguinte ao casamento (Gen. 29: 25), Jacó terá de concordar em trabalhar mais sete anos por Raquel (Gen. 29: 27). Mas, esse não é o ponto. Primeiramente, observamos a influência do “macro ambiente” nas vidas de Jacó e Raquel. Labão não oferecera Raquel a Jacó porque, primeiramente, era costume casar a filha mais velha e (portanto) Lia deveria ser-lhe entregue. Assim, tanto Jacó quanto Raquel deveriam entender que o macro ambiente impunha situações totalmente fora de seu controle, mas que seriam as que mais afetariam as suas vidas. Depois, é necessário examinar a atitude de Raquel, de alguém que, em vez de se revoltar contra seu pai ou sua irmã, ameaçar fugir de casa, incitar Jacó contra a sua família, ou maldizer Deus, incorrendo em rebeldia, fez jus ao significado hebraico de seu nome, “ovelha”, permanecendo em sujeição e obediência e esperando pelo agir de Deus. Talvez seja um pouco diferente  nos dias de hoje a maneira de se pensar, mas a mulher não precisa esquecer da sua condição feminina, pois quando no inicio de meu casamento meu esposo me chama de uma forma carinhosa, hoje ele  minimizou o nome e me chama de "Pi". não devemos rejeitar a ajuda do homem, claro que se eles podem conduzir caixas de tomate coisas de muito peso eu prefiro, pois somos mais delicadas e precisamos de carinhos. Isso nos faz lembrar também da nossa própria condição, quando chegamos ao ponto em que as coisas deveriam começar a acontecer, em que deveríamos começar a gerar e que, em vez disso, percebemos que falhamos, que não conseguimos suprir as necessidades para as quais fomos designados principalmente como mulheres. De repente, nada de gerar, nem frutificar e nos sentimos fracassados como pessoas, como profissionais e ministerialmente. Sentimo-nos estéreis. E tudo realmente poderia estar perdido, não fosse pelo nosso Deus, que, assim como atentou para o sofrimento de Raquel e lhe concedeu um primeiro filho (aqui) (Gen. 30: 22, 23), “tirando-lhe a vergonha” (Gen. 30: 23) e preparando o grande salvamento para o povo hebreu ? uma vez que esse filho, José, seria vendido ao Egito 
 
 Bispa Rosirene-Bpa. presidente do BMN

É comum termos a impressão de que a história é escrita por pessoas extremamente especiais. Convencemo-nos de que Deus somente inclui em seus projetos os fortes, capacitados, habilidosos, perfeitos, os aclamados como heróis. No entanto, pego-me, por vezes, imaginando como é para Deus ter de contar conosco. Já me perguntei como é para Deus ter de contar comigo, ter de contar com os seres humanos, que Ele sabe serem imperfeitos, sendo Ele próprio santo, perfeito. Fico imaginando o tamanho da paciência de Deus, dependendo de pessoas, quando elas são tão falhas. Deus, perfeito, olhando para nós e dizendo: “É, terá de ser com ele mesmo!”. No nosso caso, somos diferentes. Eu mesmo olho para situações da minha vida, para coisas que vivi, coisas da minha história e que, se fosse Deus, diria: “Você, suba: acabou o seu tempo na terra.” Mas, Deus não é assim. Deus olha para as pessoas (que são volúveis, indecisas, inconstantes, orgulhosas, incrédulas, interesseiras, egoístas, resistentes, desapontam-se com facilidade, desistem com rapidez e são até mesmo irreverentes) e sempre acha que pode contar com elas. Deus não desiste! Ele é paciente, ponderado, compassivo, bondoso, misericordioso, perdoador - graças a Deus! De fato, muitos capítulos da história foram escritos por pessoas comuns, que não possuíam nada de heroico em seu perfil. Essas pessoas eram parecidas conosco. Eram pessoas que enfrentavam seus fantasmas, administravam suas crises, sofriam com a sua condição, deparavam-se, dia após dia, com as suas fragilidades, seus conflitos emocionais e suas debilidades sociais: gente de carne e osso, como eu ou você. Essas pessoas também tinham contas a pagar, precisavam trabalhar, tinham problemas financeiros e tinham uma família (daí não é necessário dizer mais nada); e, se as denominamos “heroínas” porque diziam, “Venho em nome do Senhor”, também, sabemos que outros de seus comentários incluíam, “Senhor, mata-me e recebe logo o meu espírito!”. Talvez, o que as diferencie seja o fato de que creram em seu chamado, apegaram-se às promessas, cumpriram seus propósito na terra, apesar de si mesmas. Essas pessoas reconheceram os seus limites ? muitas vezes a duras penas, caindo e levantando, batalhando e lutando ?, mas, porque creram em Deus, fizeram aquilo que era necessário para cumprir os Seus desígnios para suas vidas; tal como aconteceu com a personagem de hoje, de que trata o capítulo quarto do Livro de Rute.No versículo 11 desse capítulo, lemos o seguinte: E todo o povo que estava na porta, e os anciãos, disseram: Somos testemunhas; o SENHOR faça a esta mulher, que entra na tua casa, como a Raquel e como a Lia, que ambas edificaram a casa de Israel. A passagem trata da ocasião em que Boaz, tendo a intenção de se casar com Rute, consulta os anciãos da cidade (para que lhe dêem a sua aprovação) e eles se demonstram favoráveis, abençoando o seu casamento e desejando que Rute lhe seja como esposa o mesmo que Raquel havia sido a Israel, “uma edificadora de sua casa”. Ao lermos essa passagem, de Raquel sendo lembrada como alguém que “edificou a casa de Israel”, tendemos a crer que Raquel era uma mulher “super-poderosa”. Mas, veremos que não é esse o caso; que Raquel era uma moça como qualquer outra, cuja vida se tornou extraordinária apenas por permitir que Deus a “usasse” com poder. A história de Raquel tem início com a história dos “patriarcas da fé”, que é mais ou menos a seguinte: Deus escolhe um homem no desejo de criar um povo para Si. O nome desse homem é Abrão, que reside na cidade de Ur, do povoado caldeu. O chamado de Abraão (como mais tarde passou a se chamar) exige uma renúncia, ele larga tudo rumo a uma “terra prometida” que jamais conhece, vive como peregrino, e os seus descendentes e que vivem a promessa. Deus lhe diz: “Multiplicarei a sua descendência como as estrelas do céu. De ti farei uma grande nação”. Abraão e Sara, sua mulher, têm um filho chamado Isaque. Isaque tem dois filhos, Esaú e Jacó, e a história de Raquel será contada a partir da (conturbada) história de Jacó, num momento em que é obrigado a fugir do lugar onde vive, procurando apoio na casa de seu tio Labão e passando a saber de sua existência, visto ser sua prima. O capítulo 29 do Livro de Gênesis relata os detalhes desse encontro, nos versículos (aqui) 10 a 20: E aconteceu que, vendo a Raquel, filha de Labão, irmão de sua mãe, e as ovelhas de Labão, irmão de sua mãe, chegou Jacó, e revolveu a pedra de sobre a boca do poço e deu de beber às ovelhas de Labão, irmão de sua mãe. E Jacó beijou a Raquel, e levantou a sua voz e chorou. E Jacó anunciou a Raquel que era irmão de seu pai, e que era filho de Rebeca; então ela correu, e o anunciou a seu pai. E aconteceu que, ouvindo Labão as novas de Jacó, filho de sua irmã, correu-lhe ao encontro, e abraçou-o, e beijou-o, e levou-o à sua casa; e ele contou a Labão todas estas coisas. Então Labão disse-lhe: Verdadeiramente és tu o meu osso e a minha carne. E ficou com ele um mês inteiro. Depois disse Labão a Jacó: Porque tu és meu irmão, hás de servir-me de graça? Declara-me qual será o teu salário. E Labão tinha duas filhas; o nome da mais velha era Lia, e o nome da menor Raquel. Lia tinha olhos tenros, mas Raquel era de formoso semblante e formosa à vista. E Jacó amava a Raquel, e disse: Sete anos te servirei por Raquel, tua filha menor. Então disse Labão: Melhor é que eu a dê a ti, do que eu a dê a outro homem; fica comigo. Assim serviu Jacó sete anos por Raquel; e estes lhe pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava. 
 Que a Paz do Senhor recaia sobre todos nós.

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