Saída do povo Egito e a marcha pelo deserto já analisamos a
possibilidade de que vários grupos de Hebreu/Ibrim tenham saído do Egito, possivelmente
no meado do século 13 antes da nossa era: destes, pelo menos um era guiado por
Moises. Como a Bíblia não menciona outros grupos e so fala do grupo de Moises,
será deste, portanto, que nos ocupamos.
O fato de que os
textos bíblicos se contradizerem quanto ao local exato em que ocorreu a passagem
da fronteira e os anacronismos frequentes (por exemplo, Êxodo 13:17, a rota dos
Filisteus, quando este povo não
havia, ainda, feitos sua aparição na historia),
dificultam a tarefa dos pesquisadores e historiadores da bíblia.
Por outro lado está escrito que “Os filhos de Israel saíram
armados da terra do Egito” leia em (Êxodo
13:18) Ora, é difícil imaginar que
escravos tenham armas, a menos que se tenham revoltado, ou tenham sido
perseguidos.
Também no tocante à passagem propriamente dita do episodio
do milagre do mar (Êx. 14:10-31), as
versões divergem: Ora é Moisés que, levantando seu bastão (cajado), faz as
águas se abrirem, ora os fugitivo do Faraó nada fazem e contemplam a cavalaria
de Faraó ser destruída por Deus (Yahwé). Não tentarei esclarecer esta questão,
nem tampouco definir o ponto exato onde os Hebreus atravessaram o local que, na
época era um pântano (estepe pantanosa cortada por lagos). Cito o grupo de
Moisés foi o que conseguiu atravessar a fronteira e, evitando a rota das
caravanas do norte onde Faraó possuía posto de guarda, embrenhou-se no deserto
do Sinai. O período de Êxodo e da marcha pelo deserto não recebeu nenhuma
confirmação nem negação por parte da arqueologia: continuam reduzidas as
conjunturas.
A política secular dos Egípcios tentando controlar os
Hebreus e os homens das areias. Quanto a marcha pelo deserto, os egípcios
preocupavam-se muito pouco em vigiar os movimentos de umas poucas tribos que
lhes pareciam sem importância.
Passagem do Livro de Êxodo nos permitem pensar que o grupo
de Moisés dirigiu-se diretamente para o deserto de Shur, para o Oasis de Cades,
que era considerado um antigo lugar santo. É provável que aí, tenham armado
suas tendas, pois a região era rica em pastagens e em água e lhes dava
condições de vida. Devem ter permanecido por longo período, durante alguns
grupos deslocaram-se para o sul. Diz-se, frequentemente, que eles se
reagruparam em Cades. Um desses grupos indo apascentar seus rebanhos no Sinai
central, deve ter sofrido com a escassez de alimentos, sendo levado a se
alimentar de maná, que é conforme
sabemos, é uma secreção produzida por dois insetos (Trebutina Mannipara ou
Gassyparia mannifera, e Najacocus serpentinus) que proliferam nas tamareiras do
centro do Sinai, pôde, no fim da primavera, se alimentar de codornizes, que
podia ser abatidas em grande numero
naquela época e nesse lugar, ao voltarem de sua migração (Êxodo 16:1-4) O milagre
da água no rochedo de Horebe é com frequência repetido pelos beduínos de hoje:
A pedra ainda existem e é porosa de certos rochedos, absorve a água do subsolo
e esta, ao se evaporar, forma uma crosta dura e seca na superfície do rochedo.
Basta quebrar esta crosta para que a água corra em grande quantidade. Moisés
sabia muito sobre isso. Ele foi considerado por Deus, alem de conhecer vários
dialetos apesar de ser gago, isso não interferiu na escolha de ir salvar o povo
do Faraó.
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